Os advogados e manifestantes de Bangladesh gritaram “enforquem-no, enforquem-no”, esta Segunda-feira (29), enquanto o proprietário do prédio que desabou, semana passada, matando cerca de 400 pessoas, era levado ao tribunal vestido de um capacete e um colete à prova de bala, disseram testemunhas.
As equipes de resgate disseram ser improvável que mais sobreviventes sejam encontrados nos escombros do prédio que desabou, Quarta-feira, soterrando centenas de trabalhadores do sector téxtil que estavam no local, no pior acidente industrial do país.
Pesadas gruas estavam a ser usadas para levantar enormes blocos de concreto a partir dos destroços do Rana Plaza, onde 385 pessoas tiveram as mortes confirmadas até agora. O prédio abrigava confecções de roupas para marcas ocidentais.
Oito pessoas foram presas – quatro donos de fábricas, dois engenheiros, o proprietário do edifício, Mohammed Sohel Rana, e o seu pai, Abdul Khalek. A polícia está à procura de um quinto dono de fábrica, David Mayor, que eles disseram ser um cidadão espanhol.
Rana, um líder local da juventude da Liga Awami, actualmente no poder, foi mostrado na televisão a ser levado para Daca algemado, depois de ter sido detido na cidade fronteiriça de Benapole pelo batalhão de elite da polícia, depois de uma caçada de quatro dias.
Ele foi preso, Domingo, aparentemente a tentar fugir para a Índia. “Coloquem o assassino na forca, ele não merece qualquer misericórdia ou pena mais branda”, gritava um espectador, fora do tribunal. O tribunal ordenou que Rana fosse mantido por 15 dias “em prisão preventiva” para interrogatório.