A malária ainda é a principal causa de mortes e internamentos nas unidades sanitárias da província de Nampula, particularmente na cidade capital, Norte de Moçambique. O caso é mais gritante no Hospital Central de Nampula (HCN), onde diariamente chegam doentes de quase todos os lados desta parcela do país.
Nas enfermarias daquela maior unidade sanitária e de referência na região Norte de Moçambique, uma cama chega a ser ocupada por dois pacientes devido à falta de espaço.
Aliás, o número de doentes internados tem ultrapassado a capacidade do hospital uma vez que é o único habilitado para internamentos. O HCN foi concebido para acolher 530 camas, contra pouco mais de 700 doentes internados. A maioria padece de malária.
Dados em poder do @Verdade indicam que o HCN, instalado na capital com o mesmo nome, atende, por dia, uma média de 600 a 800 doentes assistidos por 76 médicos, entre nacionais e estrangeiros. Tem 241 enfermeiras.
Leonel Namuquita, director dos Serviços de Saúde Mulher e Acção Social na cidade de Nampula, disse que em 2012, pelo menos 140.029 pessoas padeceram de malária na urbe e, consequentemente, houve 16 óbitos. Em 2011, foram registados 127.421 doentes e 25 perderam a vida.
Para evitar o aumento das vítimas da malária, as equipas de sensibilização já se encontram nos bairros a disseminar as medidas de prevenção.
Sabe-se que nesta época chuvosa há multiplicação do mosquito causador do paludismo. Leonel Namuquita aconselha às pessoas a usarem sempre as redes mosquiteiras, principalmente as mulheres grávidas e as crianças com menos de cinco anos de idade.