O Governo moçambicano reitera o seu cometimento e colaboração no prosseguimento das estratégias que visam reduzir cada vez mais a prevalência do HIV/SIDA no seio dos militares e das comunidades em geral.
A determinação foi expressa no enceramento da 3ª Conferência Militar Internacional sobre prevenção de HIV/SIDA, que durante quatro dias juntou em Maputo membros do governo, corpo diplomático, académicos, representantes do sector privado, sociedade civil, entre outros.
“O HIV/SIDA constitui uma epidemia que compromete o desenvolvimento das nossas sociedades, incluindo as Forças Armadas que necessitam de especial atenção”, disse o Vive Ministro da Defesa, Agostinho Mondlane, que presidiu o encerramento.
Não obstante a grande limitação de recursos que o país enfrenta, o governo, segundo Mondlane, defende a promoção de acções de prevenção e combate ao flagelo do HIV/SIDA.
Para Mondlane, a conferência concretizou os objectivos inicialmente definidos, entre eles, o papel das lideranças militares para o sucesso dos programas do combate a doença e a assistência técnica.
A melhoria das práticas do sistema de saúde militar para a prevenção, cuidados, tratamento e troca de informação estratégica sobre a pandemia figuram na lista de objectivos que a conferência pretendia alcançar.
No encontro de quatro dias, um dos temas que mereceu tónica dominante é a circuncisão masculina voluntária, dada a sua capacidade de reduzir, até 60 por cento, a infecção pelo vírus HIV entre os homens.
As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) começaram, em 2010, a providenciar a circuncisão masculina voluntária no hospital militar de Maputo.
Desde o início da provisão dos serviços, as FADM conseguiram alargar para as cidades da Beira e Nampula, centro e norte do país, devendo muito em breve incluir uma unidade móvel com o mesmo propósito.
Este serviço inclui um programa de educação, testagem, aconselhamento, exames médicos, tratamento, seguimento, prevenção e provisão de preservativos.