A coligação de centro-direita da chanceler alemã, Angela Merkel, assumiu a liderança na preferência nacional sobre os principais partidos de oposição pela primeira vez em dois anos, mostrou uma pesquisa, este Domingo.
O resultado ocorre graças ao crescimento do Partido Pirata em detrimento dos sociais democratas. Uma pesquisa do instituto Emnid para o jornal Bild AM Sonntag colocou os conservadores, de Merkel, com 36 por cento da preferência nacional, e os Democratas Livres (FDP), que fazem parte da coligação, com 4 por cento.
Isso coloca a coligação com uma pequena maioria, pouco acima do apoio combinado dos sociais democratas (SPD), que caíram de 27 para 26 por cento, e dos Verdes, com 13 por cento.
Se a pesquisa traça uma tendência, ela pode aumentar as chances de Merkel retornar ao poder, com o FDP permanecendo na liderança da maior economia da Europa depois das eleições federais de Setembro de 2013.
“A razão foi a forte performance do Partido Pirata”, afirmou o Emnid na sua análise. Os Piratas, que fazem campanha pela liberdade na Internet, subiram para 10 por cento, o maior nível desde Outubro na pesquisa da Emnid, retirando assim apoio do SPD.
O partido, cuja popularidade subiu desde que a legenda ganhou assentos em duas recentes assembleias regionais, tem importância na política nacional, pois altera a aritmética das coligações.
Outras recentes pesquisas mostraram que os dois sectores tradicionais, de centro-direita e centro-esquerda, estão praticamente empatados.
Embora os conservadores tenham 10 pontos percentuais de vantagem sobre o SPD, a fraqueza do FDP cortou as opções de coligação de Merkel.
Isso faz vários analistas preverem uma “Grande Coligação” de conservadores e sociais democratas sob o comando de Merkel como possível resultado da eleição.
Os especialistas afirmam que os Piratas podem manter o recente sucesso até a eleição federal. Mas uma discussão sobre se os líderes da legenda deveriam ser remunerados mostrou que o partido ainda tem trabalho pela frente para mostrar sua força no âmbito nacional.
A legenda recusou-se a comentar vários importantes assuntos económicos e de política internacional.