Setenta balanças viciadas foram postas fora de acção em vários mercados formais e informais dos quatro municípios da província de Manica, nomeadamente Chimoio, Manica, Catandica e Gôndola, uma medida inserida no âmbito da fiscalização dos preços e comportamento dos vendedores que nas quadras festivas têm recorrido a este método para defraudar os consumidores.
Com esta acção levada a cabo pela inspecção provincial das actividades económicas, as autoridades da indústria e comércio em Manica pretendem também minimizar o impacto negativo do oportunismo dos vendedores que, a custa da grande procura de produtos de primeira necessidade nestas épocas do ano, ludibriam os consumidores com o agravamento dos preços, contrafacção e desafinação de balanças.
Com as balanças desafinadas, segundo o director provincial da Indústria e Comércio de Manica, António Machamale, os referidos vendedores pretendiam ludibriar os consumidores que seriam obrigados a pagar por produtos sem a pesagem equivalente, prejudicando os já parcos recursos financeiros das populações.
Machamale referiu ainda que a medida tem por objectivo, garantir a estabilidade e tranquilidade dos preços no mercado, os quais estão a ser monitorados por uma comissão multissectorial a propósito constituída na província, no quadro da legislação atinente.
A fonte revelou que, no quadro da actividade inspectiva, foram tomadas todas as medidas preventivas ao oportunismo, sendo que, como resultado, os preços ainda não começaram a sofrer agravamento em todos os mercados da sofrer agravamento em todos os mercados da província.
Revelou não ter sido detectado nenhum caso de produtos fora de prazo nos mercados formais e informais, havendo apenas o registo de estabelecimentos comerciais que, verificando produtos nesta situação, se voluntariaram a entregar para a incineração.
Entre estes estabelecimentos, Machamale citou o caso da Shoprite. A fonte afirmou que, devido a necessidade de prevenir a carestia dos produtos da primeira necessidade resultante do tradicional oportunismo, em tempos festivos, dos comerciantes e vendedores ambulantes, os consumidores estão a antecipar o movimento de pessoas na caça dos produtos essenciais, com vista a conferir melhor tranquilidade a festa natalícia e de transição de ano que se avizinha.
A necessidade de acumular alguma coisa antes de os preços se agravarem, aliada ao receio de vir a verificar-se eventual ruptura dos stocks dos produtos mais procurados nestas alturas, explicam este avalanche de centenas de pessoas dos mais variados estratos sociais, que palmilham as ruas e mercados de Chimoio a fim de ver o que comprar para a festa.
Nas vias e praças públicas, nos mercados formais e informais, nos principais centros comerciais, supermercados, casas de bebidas e lojas diversas, pessoas de diferentes grupos etários e estratos sociais cruzam-se numa azáfama que começa logo às primeiras horas da manhã e se prolonga para a tarde adentro.
As autoridades da Indústria e Comércio garantem não haver problemas no abastecimento dos produtos da primeira necessidade, estando assegurado também a componente bebidas e refrigerantes, cujos componente bebidas e refrigerantes, cujos fornecedores dizem haver stocks suficientes para a atender a quadra festiva.
A fábrica de refrigerantes Coca-Cola, por exemplo e segundo aquele governante, está a laborar a contento e não se prevê nada que possa vir a provocar a falta de refrescos. As grandes empresas de venda de produtos de primeira necessidade, também asseguraram terem tudo que os interessados precisam para as suas festas.
No que se refere a frangos, Machamale afirmou que a maior produtora, Abílio Antunes, vai garantir o fornecimento a preço da tabela e que para evitar a especulação, foi criada uma comissão para o controlo da margem de lucro dos preços de 12 produtos, incluindo o frango.
Aquela instituição teve que contactar o Aviário Abílio Antunes para vender directamente os frangos no mercado onde os revendedores geralmente aplicam preços especulativos.
Afirmou que, no que se refere a outros produtos e bebidas, incluindo a cerveja, não há problemas de stocks. Os estabelecimentos vocacionados à venda de bebidas alcoólicas, géneros alimentícios, objectos pirotécnicos e de ornamentação, roupa e calçados, estão a registar enchentes.
Uma ronda efectuada pela Reportagem do O Planalto constatou que no mercado central, Catanga, 38 milímetros, Mpulango e a zona comercial da capital provincial de Manica, estão a rebentar pelas costuras de tanta gente que aí aflui para efectuar as suas compras.