Cerca de 2,1 milhões de dólares norte-americanos deverão ser aplicados entre 2011 e 2020 em acções de aumento da investigação, produção e comercialização da castanha de caju destinada à exportação para, desta forma, tornar Moçambique como maior exportador africano daquele produto de rendimento de camponeses do sector familiar.
No fim do período, a exportação do produto deverá render ao país cerca de 202,9 milhões de dólares norteamericanos, “cifra que irá colocar Moçambique no topo das exportações africanas, seguido pela Guiné-Bissau e Tanzânia”, de acordo com Raimundo Matule, director nacional adjunto do Instituto de Fomento de Caju (INCAJU), falando, esta Segunda-feira, durante o lançamento do Plano-Director do Caju 2011/2020.
De acordo ainda com Matule, até 2020, Moçambique poderá tornar-se no 5º maior produtor mundial, numa lista a ser liderada pela Índia, Vietname, Brasil e Costa do Marfim, realçando, entretanto, que para se atingir aqueles níveis serão desenvolvidas acções de aumento do trabalho de investigação e de desenvolvimento de clones de plantas “altamente produtivas” importadas de diferentes países, segundo ainda o director nacional adjunto do INCAJU.
O Plano-Director do INCAJU, refira-se, indica que, graças ao investimento a ser feito no sector, a comercialização daquela cultura deverá incrementar de 112 mil toneladas, em 2011, para perto de 181 mil toneladas em 2020.
A capacidade de processamento da castanha de caju deverá também aumentar, nos próximos nove anos, para 73 mil toneladas, contra as actuais 38,4 mil toneladas.