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Sociedade civil quer colocar governo entre “espada e parede” na Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas

A sociedade civil moçambicana que estará representada na próxima Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, a de correr na cidade sul africana de Durban, entre os dias 28 de Novembro e 9 de Dezembro, promove esta quinta- feira, 17 de Novembro, em Maputo um acto público para a divulgação da posição que vai defender no encontro global. Refira-se, o Conselho de Ministros de Moçambique que esteve reunido ontem em Maputo, na sua quadragésima primeira sessão ordinária, apreciou e aprovou a posição do país à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, mas pouco conhecimento público existe sobre a sua essência.

Entretanto, a sociedade civil representada pela União Nacional de Camponeses/Via Campesina e a Justiça Ambiental/Amigos da Terra Moçambique, já estão a tornar pública a sua posição à conferência, a qual será manifestadamente bastante crítica ao governo face a vários cenários relacionados com a matéria que será discutida em Durban.

Por exemplo, uma fonte ligada a União Nacional de Camponeses e a Justiça Ambiental fez saber uma das matérias que a sociedade civil moçambicana pretende abordar na conferência de Durban é a usurpação de terras aráveis e das culturas alimentares dos camponeses para produção de agrocombustíveis e monoculturas de árvores para exportação. A fonte adiantou, a contínua apropriação dos recursos moçambicanos, incluindo terra, água e outros recursos naturais e o licenciamento de poluidores para que continuem a poluir ao abrigo da REDD e outros mecanismos similares de compensação fazem parte do rol de questões que a sociedade civil moçambicana vai levantar em Durban.

A fonte sustentou essas preocupações, considerando o cenário em causa serve apenas para empurrar Moçambique e África para posições mais precárias pelo que deve ser rejeitado, pois corrói a justiça política, social, económica e ambiental de Moçambique e de todo o continente africano. Estas abordagens fazem parte do documento que também será apresentado no encontro público agendado para amanhã, em Maputo.

Na mesma ocasião, segundo soube O Autarca, far-se-á igualmente a apresentação e o lançamento oficial da Caravana Transafricana da Esperança, uma iniciativa continental que levará centenas de pessoas de diversos países de África a percorrerem milhares de quilómetros de estrada rumo a Durban, para juntar-se a outras milhares de pessoas que em Durban irão exigir justiça social e climática.

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas é um encontro mundial de negociações com vista a chegar a acordos que visem a redução das emissões de gases com efeito estufa, que têm levado o planeta a um aquecimento global e às alterações climáticas. Os acordos produzidos nas últimas duas reuniões desta natureza, em Copenhaga 2009 e em Cancun 2010, provam o não comprometimento dos governos para chegar a soluções confiáveis e sustentáveis para a mitigação das mudanças climáticas e redução drástica das emissões por parte dos países desenvolvidos.

 

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