Nos últimos dois anos foram detectados 238 casos de cancro da mama, em Maputo. O cancro da mama é o terceiro mais frequente nas mulheres moçambicanas, sendo que por ano são registados 100 novos casos a nível da cidade de Maputo.
Contudo, segundo as autoridades da saúde, a maioria dos casos da doença é detectada numa fase avançada. Maria Patrícia Silva, presidente da Associação de Luta Contra o Cancro, também médica Oncologista no Hospital de Mavalane, considera importante o diagnóstico precoce do cancro, uma vez que nessa fase o tratamento é mais simples e barato.
Nas unidades sanitárias regista-se o aumento de casos de cancro de mama. Sem avançar dados sobre o número de óbitos causados pela doença, Páscoa Wate, directora da saúde da cidade de Maputo, afirmou que este sector da saúde enfrenta dificuldades em termos de recursos humanos.
Porém, para o caso da cidade de Maputo, o Centro de Saúde da Polana Caniço, possui uma equipa especializada para o rastreio de cancro do colo do útero assim como do cancro da mama.
Os hospitais gerais de José Macamo e de Mavalane também oferecem este tipo de serviço aos cidadãos. Pascoa Wate também admitiu que nem toda a mulher possui informações sobre a doença a nível da cidade de Maputo, mas que estão a ser realizadas actividades como palestras com o objectivo de divulgar essas informações.
O cancro da mama afecta geralmente mulheres com idade superior a 35 anos. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde, OMS, referentes ao ano 2008, revelados pela presidente da Associação da Luta Contra o Cancro ALCC, Patrícia Silva, 95 em cada cem mil mulheres morrem devido ao cancro da mama em todo o mundo.
O Sarkoma de Kaposi ocupa o segundo lugar na lista dos cancros que mais afectam a mulher em Moçambique, devido a sua relação com o HIV/ SIDA, sendo que o cancro do colo do útero está em primeiro lugar.
Referir que, Domingo último, aconteceu na cidade de Maputo, uma marcha de Alerta para a prevenção do Cancro da Mama, organizada pela Associação de Luta Contra Cancro.
