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Aumentam casos de burla em Pemba

Grupos de indivíduos que se identificam como traficantes de ouro e pedras semi-preciosas estão a protagonizar esquemas de burla a vários cidadãos nacionais e turistas estrangeiros na cidade de Pemba, capital da província nortenha de Cabo-Delgado, zona potencialmente rica em recursos minerais.

Pemba é frequentada por cidadãos de diferentes origens, facto que propicia o negócio ilícito daquele tipo de produto. Jovens com idades compreendidas entre 15 e 30 anos de idade que se autointitulam de vendedores e compradores de ouro, transformaram-se em burladores profissionais.

Antónia Fraz, funcionária de uma organização não governamental, sedeada em Maputo, foi uma das vítimas desta triste realidade, na última sextafeira.

Fraz chegou mesmo a desmaiar à porta da Segunda Esquadra da Polícia da República de Moçambique, na capital provincial de Cabo-Delgado, onde ia apresentar uma queixa depois de sofrer uma burla no valor de 50 mil meticais.

A fonte afirma ter sido contactada por dois indivíduos, identificados pelos simples nomes de Langa e Ali, acompanhados de um rapaz que aparentava cerca de 16 anos e munidos de um produto que alegavam tratar-se de ouro.

‘Os dois indivíduos pediram-me que lhes adiantasse 50 mil meticais para satisfazer o rapaz, suposto dono do produto, que, depois de revendê-lo a um determinado cidadão chinês, eu receberia de recompensa 150 mil meticais’, disse Antónia Fraz, momentos depois de ter sido assistida no Hospital Provincial de Pemba.

De acordo com a nossa entrevistada, o processo de negociação durou cerca de quatro horas. Assim que foi consumada, os vigaristas sumiram em debandada deixando-a com o produto, cujas análises concluíram tratar-se de um pechisbeque, sem qualquer valor comercial e, portanto, ter sido alvo de um autêntico logro.

Os telemóveis dos visados continuam desligados desde sexta-feira, não havendo, neste momento, qualquer possibilidade da sua localização, embora a polícia afirme que está a trabalhar nesse sentido.

Este é o tipo de estratagema de que os amigos do alheio têm-se servido ultimamente para surripiarem dinheiro sem qualquer esforço e que começa atingir contornos alarmantes.

Aliás, um quadro sénior de uma formação política confirmou ao Wamphula fax ter também tropeçado, há dias, numa “ratoeira” do género.

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