Luís Boavida foi indigitado, esta terça-feira, em Pemba, província de Cabo Delegado, para ocupar o cargo de secretário-geral do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Boavida, o segundo secretário-geral na curta história do MDM, substitui Ismael Mussa que se demitiu há cerca de dois meses.
Segundo escreve o jornal Canalmoz, Luís Boavida deverá permanecer no cargo até a realização do congresso do MDM, cuja data ainda não foi marcada. O novo SG do MDM em por missão organizar e estruturar a máquina organizativa do partido, tendo em vista os pleitos eleitorais de 2013 e 2014.
Em entrevista à comunicação social, no encerramento da IV sessão ordinária do Conselho Nacional do MDM, Luís Boavida afirmou que o seu desafio é “a estruturação do MDM ao nível nacional, através de um trabalho de base” e a sua “divisa” será “trazer à casa a unidade, harmonia e bem-estar”.
Luís Boavida é natural da província da Zambézia e reside habitualmente entre a província de que é originário e Nampula. “Não serei um homem de escritório” “O nosso desafio é sermos Governo de Moçambique. Por isso vou apostar no trabalho no terreno. Não serei um homem do escritório”, afirmou o novo secretário-geral no seu primeiro briefing com a imprensa. Segundo apurámos, a secretário-geral do partido foi proposto pelo presidente do partido, tal como prevêem os estatutos desta formação política. A Comissão Política ratificou.
Ainda no Conselho Nacional do MDM foram indicadas três figuras para a Comissão Política do partido. Trata-se Maria de Jesus Moreno, Carlos Bernardo e Rangarinhanhi Pedro. A Comissão Política conta com onze elementos, entre os quais Agostinho Ussore, Alcinda da Conceição, Lutero Simango, Albano Carige, Abdul Satar, Domingos Manuel e José Lobo.
Citando pelo Canalmoz, Daviz Simango, o Presidente do partido, afirmou no encerramento do evento “saímos daqui claros, sobre os desafios do futuro. A nossa esperança existe nos valores éticos e não no assalto ao erário público. Temos que apostar na juventude e nas mulheres para promovermos o dinamismo do MDM, sendo que estes são a solução dos problemas de Moçambique. E não usamos a política como um trapolim para objectivos pessoais”.
Na edição de segunda-feira o Canalmoz referiu que João Colaço havia sido convidado para participar no referido evento, mas a mesma publicação apurou que isso não corresponde à verdade, pois este não é membro de nenhum dos órgãos do Conselho Nacional do MDM.
O Canalmoz ouviu ainda Ismael Mussá, secretário-geral demissionário, que instado a pronunciar-se sobre a sua ausência deste evento do MDM em Pemba, afirmou não querer alimentar polémicas mas disse que “Nenhum dos signatários da carta foi convidado. O que o Lutero fez foi convidar os deputados”. Ismael Mussa mantém-se como deputado do MDM na Assembleia da República e como militante de base do partido como ele próprio anunciou quando se demitiu do cargo de SG.