O secretário de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Erik Lahnstein, anunciou, Segunda-feira, em Maputo, que o seu país está disposto a ajudar Moçambique a patrulhar a sua costa marítima no combate à pirataria.
Falando durante workshop sobre “Pirataria no Oceano Índico” organizado pela Embaixada da Noruega em Moçambique, Lahnstein disse que o seu país pretende apoiar os estados da costa oriental africana que, nos últimos tempos, têm sido vítimas da pirataria marítima.
“Já visitei países como o Quénia, Tanzânia, Seicheles e Maurícias todos eles com problemas relacionados com a pirataria marítima. A Noruega quer ajudar estes países africanos na luta contra pirataria que, como se sabe, poderá ter efeitos catastróficos para a economia dos respectivos países, por isso vamos patrulhar todo o oceano Índico”, disse ele, citado na edição da terça-feira do jornal “Diário de Moçambique” (DM).
Segundo Lahnstein, a Noruega vem apoiando Moçambique no combate ao crime e a pirataria através de um “trust fund” no valor de 30 milhões de coroas norueguesas (cerca de 167 milhões de meticais) alocado às Nações Unidas para o efeito. Assim, o apoio a ser concedido surge como parte adicional e directa aos países afectados por este mal.
O DM indica que aviões da Força Aérea norueguesa poderão começar a patrulhar a costa moçambicana a partir de Outubro próximo.
O workshop realizado esta Segundafeira tinha como objectivo analisar as medidas e práticas que estão sendo tomadas ao nível global, regional e nacional no combate à pirataria, bem como avaliar as medidas que foram tomadas por outras nações para abordar o problema em Moçambique.
Nos últimos tempos, Moçambique tem sido assolado por actos de pirataria perpetrados por piratas somalis. Em Finais de Dezembro passado, a embarcação “Vega 5” propriedade da empresa Efripel Ldafoi foi dada como desaparecida ao largo da costa da província de Inhambane, com 24 tripulantes a bordo, dos quais 19 moçambicanos.
A embarcação foi depois recuperada em meados de Março passado pela Marinha de Guerra Indiana, mas nove dos membros da sua tripulação continuam desaparecidos até hoje.