Filhos de Osama bin Laden romperam, esta terça-feira, o silêncio, denunciando “a execução arbitrária” do pai por um comando norte-americano, no passado dia 2, e acusando os Estados Unidos de violarem a lei internacional.
O jornal norte-americano, The New York Times, publicou na sua edição “online” uma declaração atribuída aos filhos adultos de Bin Laden, mas onde só surge o nome de Omar bin Laden, na qual se insurgem contra o presidente Barak Obama pela forma como o pai foi morto.No documento, questiona-se porque é que o líder da al-Qaeda não foi detido e julgado num tribunal para que o mundo pudesse saber toda a verdade e em vez disso foi “assassinado”, “violando a lei internacional” e “ignorando os princípios da presunção de inocência e o direito a um julgamento justo”.
“Defendemos que execuções arbitrárias não são uma solução para problemas políticos”, adianta a nota, sublinhando que “deve ser feita justiça”.
Na declaração refere-se também que Omar, quarto filho de Osama bin Laden, sempre discordou da via da violência escolhida pelo pai e lamentou a perda de vidas nos atentados que orquestrou, incluindo os do 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos.
“Da mesma forma que condenámos o nosso pai, condenamos agora o presidente dos Estados Unidos por ordenar a execução de homens e mulheres desarmados”, prossegue o documento que reclama a libertação das três mulheres e dos filhos do líder da al-Qaeda que se encontravam na casa de Abbotabad, onde bin Laden foi morto.