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Problemas técnicos e financeiros inviabilizam construção de refinaria para gás doméstico

Moçambique precisa de investir numa torre de destilação para a produção de gás de cozinha, a partir do gás natural, o que ainda não foi possível por várias razões, incluindo técnicas e financeiras.

O Ministro da Energia, Salvador Namburete, que revelou o facto, esta semana, no parlamento moçambicano, escusou-se a revelar quando é que o país passará a contar com uma infra-estrutura do género, uma situação que deixa muitos moçambicanos perplexos, devido a subida do preço do gás doméstico, que está directamente associado à alta dos preços de petróleo no mercado internacional.

Como produtor e exportador do gás natural, os moçambicanos sempre sonharam usufruir das suas reservas de gás natural a um preço mais acessível algo que, infelizmente, ainda não aconteceu.

“Não é possível enchermos as botijas que usamos nas nossas cozinhas com o nosso gás natural no estado em que ele se apresenta. Para isso, precisamos de investir numa torre de destilação para produzir o gás de cozinha que se comercializa em botijas, o que ainda não foi possível por várias razões, incluindo técnicas e financeiras”, afirmou Namburete.

Ele explicou que o gás doméstico que Moçambique importa da África do Sul e que é comercializado em botijas, no país, é derivado do petróleo, “ razão pela qual a subida do preço do petróleo acaba influenciando o gás de cozinha.

Este esclarecimento do Ministro Namburete surge em resposta a algumas acusações, proferidas nos vários círculos da sociedade moçambicana, alegando que o país exporta gás natural em bruto para a África do Sul onde é processado para de seguida ser reexportado para Moçambique a um preço mais elevado.

O que existe, segundo Namburete, é um acordo com a petroquímica sul-africana, a Sasol, que resulta na exportação do gás natural moçambicano para aquele país vizinho, e ao abrigo deste mesmo projecto Moçambique recebe o mesmo gás, a partir do gasoduto de Ressano Garcia (fronteira com a África do Sul) para a cidade industrial da Matola, o qual é usado na indústria e viaturas.

Em Moçambique, os campos de gás natural que é exportado para a África do Sul estão localizados em Temane, na província meridional de Inhambane.

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