“As Organizações da Sociedade Civil devem esforçar-se para desempenhar o seu papel na educação da rapariga”, disse a especialista em educação, Rebeca Rogers.
Rebeca falava em vídeo-conferência organizada, quinta-feira, pelos serviços culturais da Embaixada dos EUA, em Moçambique, em alusão ao mês da mulher norte-americana, que se assinala no mês de Março e da mulher moçambicana, em Abril.
Como exemplo de luta pela educação da mulher, Rebeca Rogers, voltou ao tempo, concretamente no início do século XIX, período, esse, em que, nos Estados Unidos, a mulher era educada para ser dona de casa – uma situação que actualmente ainda é uma realidade em algumas regiões de Moçambique.
Sobre a experiência dos EUA, a maior presença da rapariga na escola só foi possível graças aos movimentos feministas que defendiam o direito da mulher à educação.
Como resultado dessa luta, 80 porcento dos professores nos Estados Unidos passaram a ser do sexo feminino, embora persistissem algumas dificuldades que foram limadas a partir de 1960, através de movimentos cívicos.
Em relação à África no geral, Rebeca Rogers disse ser importante reconhecer os avanços registados em matérias ligadas à educação da mulher, mas é necessário que exista uma visão crítica em relação aos progressos observados.
Rogers é professora de história da educação na Université Paris Descartes, na França. Como especialista franco-americana na história da educação da rapariga tem publicado livros que abordam o assunto.
A vídeo-conferência contou com a presença de várias pessoas, entre elas estudantes de várias instituições de ensino e representantes de organizações que lutam para a promoção da rapariga na sociedade.