A insuficiência de instrumentos legislativos para o exercício das actividades inspectivas e a insuficiência dos recursos humanos são alguns dos principais entraves que os inspectores nacionais têm vindo a enfrentar no exercício das suas actividades.
Esta preocupação foi apresentada pelo Inspector Geral Administrativo do Estado, Augusto Mundlovo, durante a realização da sessão do III Conselho dos Inspectores – Gerais de várias instituições da máquina do Estado.
O encontro teve lugar na cidade de Maputo. Apresentando uma proposta de actividades deste grupo profissional, Augusto Mundlovo disse que a classe precisa de mais poderes que criem condições para sancionar os agentes públicos em casos de se detectar ilegalidades e irregularidades no seu desempenho.
Mundlovo apontou ainda a necessidade de dotar aquela classe de instrumentos que lhes possibilite aprovar o seu próprio plano anual de das suas actividades.
Por seu turno, a ministra da Função Pública, Vitória Diogo, disse que as acções inspectivas aos órgãos do Estado, no país, estão a conhecer um estágio animador apesar de reconhecer serem legítimas, as preocupações apresentadas pelo dirigente da classe dos inspectores.
Apontou, assim, a necessidade de se formar e capacitar mais inspectores com vista a responder os actuais desafios impostos pelo desenvolvimento do país. Diogo referiu ainda haver necessidade de se definir o perfil do candidato a exercer as funções de um inspector.
Segundo Diogo, um inspector deve ter um alto sentido de sigilo profissional por estar, no decurso das suas actividades, a lidar com vidas dos diversos profissionais que, segundo ela, merece muito cuidado.
A questão do domínio da legislação foi, também, apontada por Vitória Diogo, tendo frisado a necessidade do conhecimento profundo da legislação.
Há, segundo aquela governante, a necessidade de ter habilidade e capacidade de avaliar e decidir em caso de qualquer irregularidade verificada