Esta quinta-feira, o Estádio Ellis Park será palco a partir das 13h30 de um duelo que vale não só a liderança do Grupo B, como também uma possível vaga nos oitavos de final. Argentina e Coreia do Sul entrarão em campo dividindo a liderança do Grupo, depois de se terem estreado com vitórias sobre Nigéria e Grécia respectivamente, embora a seleção asiática tenha marcado um golo a mais. A diferença é que, enquanto os sul-americanos vão atrás do terceiro título mundial, a Coreia tenta passar da fase de grupos pela primeira vez fora do seu próprio território.
Os dois treinadores são velhos conhecidos, tendo enfrentado-se dentro das quatro linhas no México 1986, quando a Argentina venceu por 3 a 1. O comandante sul-coreano Hun Jung-Moo era o responsável por marcar Maradona naquele dia, missão ingrata para qualquer jogador num torneio no qual o atual técnico argentino levou o país ao segundo título da Copa do Mundo da FIFA.
Vinte e quatro anos depois, eles têm um novo duelo, mas Hun espera que o resultado seja bem diferente, já que ele pode tornar-se o primeiro treinador sul-coreano a classificar a seleção aos oitavos de final.
Embora a Argentina esteja 41 posições acima no Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola, a Coreia já deu provas no passado de que pode provocar surpresas desagradáveis. Itália e Espanha descobriram isso dolorosamente em 2002, quando foram eliminadas por um selecionado asiático que chegou às semifinais dentro de casa.
A vitória sobre a Grécia por 2 a 0, no sábado, deve ter aumentado a autoconfiança dos sul-coreanos, mas eles sabem que vencer a Argentina de Lionel Messi, Javier Mascherano e Juan Sebastian Verón é uma tarefa muito mais complicada.
É verdade que o selecionado de Maradona marcou apenas um golo à Nigéria, mas é preciso destacar que o placar teria sido muito mais elástico se não fosse a brilhante atuação do guarda-redes Vincent Enyeama, eleito o melhor desse jogo.
Lionel Messi x Park Ji-Sung
Depois de uma atuação em que só faltou marcar golos, Messi espera poder desencantar quando entrar em campo no Ellis Park. Se o astro do Barcelona é a grande esperança da Argentina, o mesmo se pode dizer de Park Ji-Sung, que correspondeu às expectativas já no primeiro jogo, contra a Grécia, fechando a vitória da Coreia do Sul com um golaço depois de uma jogada individual de dar inveja ao próprio Messi.