Pelo menos 36 pessoas morreram no ano passado (2009), na província central moçambicana de Manica, em consequência de ataque por animais bravios. Este número representa três vezes mais o numero de vitimas comparativamente ao ano anterior em que morreram 12 pessoas devido ao conflito Homem Fauna bravia neste ponto do país.
Segundo a governadora de Manica, Ana Comoane, 30 das vitimas mortais em 2009 resultaram do ataque de elefantes, crocodilos e hipopótamos, enquanto seis foram atacados por serpentes.
Comoane revelou o facto durante a sessão extraordinária do governo provincial alargada aos administradores distritais , presidentes dos Municípios e outros quadros, realizada segunda-feira, em Catandica, distrito de Bárue, a noroeste de Manica e que foi dirigida pelo Presidente da Republica, Armando Guebuza, por ocasião da sua visita a esta província, que entra no seu segundo dia, na terca-feira.
Para fazer face a esta situação, o governo provincial tem estado a tomar algumas medidas, nomeadamente o treinamento de fiscais (já foram formados 96), sinalização das áreas críticas e disponibilização de armas de fogo, que permitiram o abate de 23 animais problemáticos.
Outras medidas inovadoras consistiram no licenciamento de duas empresas para a captura de serpentes e igual número para a recolha de ovos de crocodilo. No que diz respeito às queimadas descontroladas, a província de Manica, de acordo com a governadora, tem vindo a registar um decréscimo bastante significativo no número de casos, devido a intensificação de campanhas de sensibilização.
Antes de Manica, o Presidente moçambicano visitou cinco postos administrativos de iguais distritos da província da Zambézia, onde manteve contactos com as populações e autoridades locais, bem como visitou algumas unidades sócio-economicas.