Os empresários e investidores moçambicanos, conforme reconhecimento dos próprios, revelam “escassa inclinação” pelos seus congéneres sul-africanos como parceiros e sócios em negócios ou empreendimentos comuns.
O fenómeno é considerado um factor adicional da tendência que a política do Governo de Moçambique denota no sentido de privilegiar os investidores e empresários portugueses, também brasileiros, como parceiros nos projectos de desenvolvimento. Os empresários moçambicanos consideram-se “mais distantes” dos sul-africanos por razões de mentalidade e de procedimentos e de facilidade de comunicação.
Precisamente a componente da comunicação acaba alimentando sentimentos de ostracização, se se considerar que os sul-africanos designam, pejorativamente, os seus pares moçambicanos e angolanos de “makwero makwero”, corruptela de “quero quero”, sempre expresso pelos lusófonos.