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Dhlakama exige segurança do Governo para desarmar a guarda pessoal

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, exige das autoridades governamentais moçambicanas maior protecção, para desarmar a sua guarda pessoal, por reconhecer que já não faz sentido a sua presença dezoito anos depois do Acordo Geral de Paz. Se a Frelimo me garantisse segurança, se não estivesse a odiarme, todos esses militares que vocês vêem à minha volta estariam nas suas casas. Aqui ficariam apenas agentes da Polícia da República de Moçambique. Disse Dhlakama, na passada quinta-feira, durante uma conferência de impresa que decorreu na sua residência.

O líder do maior partido da oposição encontra-se, desde os principios do ano passado, radicado na cidade de Nampula, que a formação da Perdiz apelida de sua capital politica. E a sua residência está sob forte vigia dos antigos guerrilheiros da Renamo, para além de alguns agentes da Policia da República de Moçambique.

A conferência de imprensa tinha por objectivo anunciar as razões da demora da realização da manifestação propalada pela Renamo, em contestação dos resultados eleitorais gerais de 2009. Dhlakama alegou que o atraso se deve a uma ameaça proferida pelo vice-ministro do Interior, José Mandra. Da forma como a polícia estava preparada, decidimos que precisavamos de nos concentrar para definirmos uma nova estratégia afim de levarmos a efeito as manifestações. Porque eles haveriam de matar pessoas e eu, como promotor das maniferstações, seria culpado. Agora a nossa intenção consiste em idealizar uma estratégia que evite que a policia venha, eventualmente, a matar alguém. Disse Dlhakama, assegurando estar já tudo a postos para a realização da referida manifestação, ainda este ano, embora ainda sem data marcada.

Para aquele politico, a manifestação, a ter lugar em todos os 128 distritos do país, será uma maneira de pressionar o partido no poder a concordar com a realização, ainda neste quinquénio, das “primeiras” eleições democráticas e multipartidárias. Outra pretenção da Renamo tem a ver com necessidade de banimento da chamada “sociedade civil” no processo político nacional por, na sua opinião, não defender os legítimos interesses dos moçambicanos, mas,apenas, de determinados partidos.

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