O ultimato começou a contar desde sábado e foi lançado pelo representante da milícia Hizbulislam em Mogadíscio, o xeque Moalim Hashi Mohamed Farahhe. “É contra o islão tocar música e outro tipo de letras.
Nós devíamos banir o direito à música agora e queremos dar dez dias para que removam todas as músicas”, declarou o líder islamita. O Hizbulislam é um dos grupos que operam em território somali contra o Governo de transição, defendendo ali a instauração de um estado islâmico.
“Eles dirão que estamos a interferir com as liberdades civis mas não ligamos”, avisou desde logo o xeque, antecipando reacções externas. O líder islamita sublinhou ainda que todos os combatentes islâmicos que vieram de fora para lutar por aquele objectivo não podem ser chamados estrangeiros. E disse que os estrangeiros ali eram as forças de paz da União Africana. A Somália corre cada vez mais o risco de se transformar num autêntico Afeganistão, do tempo do regime talibã derrubado em 2001.