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90% de mulheres moçambicanas recorrem ao sector informal

Cerca de 90% de mulheres moçambicanas têm recorrido ao sector informal no que tange ao pedido do crédito bancário para realização dos seus projectos de desenvolvimento socioeconómico, segundo resultados de um estudo divulgado semana passada em Maputo.

A situação deriva da falta de confiança e da prática de elevadas taxas de juro cobradas pela banca comercial, o que faz com que sejam apenas 10% das mesmas que estão bancarizados, contra cerca de 14% de homens que têm acesso aos serviços financeiros moçambicanos formais, indica Henriqueta Hunguana, directora da Internacional Capital Corporation (ICC), companhia moçambicana patrocinadora da pesquisa.

Para Hunguana, a mesma situação deriva também “da falta de conhecimento das vantagens daqueles serviços e também da fraca implantação da banca nas zonas rurais”, enquanto 12% de outras mulheres moçambicanas disseram no estudo “não perceber o modo de funcionamento dos bancos”.

Finalmente, a directora da International Capital Corporation (ICC) revelou que um último grupo constituído por 4,2% de mulheres moçambicanas justificou o recurso ao informal dos serviços financeiros, indicando simplesmente que “os bancos não são para pessoas como nós”. Como recomendações, Hunguana disse ser imperiosa a identificação de estratégias e mecanismos mais envolventes para “uma maior inclusão social da mulher moçambicana”.

Refira-se que a pequisa tinha em vista contribuir para uma maior divulgação dos serviços financeiros em Moçambique.

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