Cerca de 7% dos pouco mais de 57.700 detidos em todas as cadeias moçambicanas padecem de tuberculose, na sua maioria associada ao HIV/SIDA, drama que afecta, em larga escala, prisioneiros encarcerados nas províncias do Maputo, Gaza, Zambézia e Nampula.
Oito porcento é a taxa de prevalência desta doença em crianças moçambicanas, com graves casos da mesma a se fazerem sentir nas crianças da cidade do Maputo e províncias de Sofala e Zambézia, segundo Egídio Langa, director do Programa Nacional de Controlo da Tuberculose do Ministério da Saúde (MISAU).
De Janeiro a Setembro de 2011 foram notificados, naquelas regiões, pouco mais de 2540 casos de tuberculose em crianças “que têm vindo a receber tratamento curativo”, salientou Langa.
Entretanto, foram notificados ainda no mesmo período cerca de 14.270 casos de tuberculose na população moçambicana, o correspondente a uma taxa de prevalência de 47%, sendo as províncias da Zambézia, Sofala e Nampula as mais afectadas pela doença.
Em termos da taxa de cura, 84% dos doentes foram curados no mesmo período, tendo a província de Tete registado a maior taxa de cura de 91,7%, contra Cabo Delgado, Inhambane e Manica com taxas mais baixas de cura de 72,1%, 73% e 78%, respectivamente.
Sobre o abandono do tratamento, Langa disse que entre Janeiro e Setembro do corrente ano registou-se a taxa de 4,5 %, contra 3% de 2010, tendo as províncias de Cabo Delgado e Nampula registado as mais elevadas de 13,3 % e 7,5 %, respectivamente.