Moçambique tem reservas de medicamentos suficientes para garantir o normal funcionamento do Sistema Nacional de Saúde nos próximos oito meses.
Esta garantia foi dada, semana passada, pelo ministro da Saúde, Alexandre Manguele, falando ao parlamento, a Assembleia da República (AR), durante a sessão de perguntas ao Governo.
Segundo o governante, este stock inclui anti-retrovirais para a continuidade do tratamento dos doentes que precisam desses medicamentos.
“Estes doentes têm o tratamento assegurado e os esforços são no sentido do aumento da acessibilidade aos ARVs (antiretrovirais)”, disse o ministro.
A garantia do ministro da Saúde surge como uma espécie de desmentido ao alerta lançado, há dias, por um grupo de organizações da sociedade civil sobre uma provável escassez de medicamentos TARV a partir do segundo semestre de 2012, uma situação que, a acontecer, afectará mais de 100 mil pessoas.
Aliás, a Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) já reagiram a esse alerta, afirmando estar a trabalhar com outros doadores de modo a evitar uma escassez de medicamentos antiretrovirais no país.
Na sua intervenção, o ministro da Saúde disse que as prioridades são de garantir a colocação nas unidades sanitárias de um conjunto de medicamentos que podem ser agrupados em vitais, essenciais e lutar por ter os mais necessários, de modo a evitar que alguém morra por falta de medicamentos.
Trata-se de medicamentos de doenças comuns como malária, tuberculose, cólera, meningite, infecções respiratórias, lepra, entre outras, bem como para garantir o funcionamento normal das salas de operações.
“Por isso, quando dizemos ‘não há falta de medicamentos’, tecnicamente estamos a dizer que temos medicamentos suficientes, no nosso sistema público, para curar as patologias comuns de que o nosso povo padece. Portanto, não significa que o País tenha todo e qualquer medicamento que é fabricado no mundo, mesmo para as doenças mais raras”, disse ele.
