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30 anos após a morte, fãs prestam tributo a Lennon

Multidões passaram esta quarta-feira pelo mosaico “Imagine”, no Central Park, no 30o aniversário da morte de John Lennon, lembrando sua música e evocando o momento em que souberam que, perto dali, o ex-beatle havia sido baleado. Lennon tinha 40 anos quando foi morto por Mark David Chapman na porta do prédio onde morava, em 8 de dezembro de 1980.

O assassino cumpre pena de prisão perpétua. “Ouvimos no rádio, e a minha mãe parou o que estava a fazer e caiu em lágrimas”, disse Jan Huntley, nativa de Liverpool passando lua de mel em Nova York. Ela tinha 8 anos na época.

Apesar do frio, muitos fãs levaram violões e cantavam músicas dos Beatles. “Eu amo o que ele representa. Tudo o que ele queria na vida era paz”, disse Ranada Havard, turista da Louisiana. Mesmo quem nem era nascido na época afirmou ter se sentido compelido a visitar o Strawberry Fields, área do Central Park que serve de memorial a Lennon, em frente ao prédio onde ele morava. “Fui fã dos Beatles a vida inteira, fui criada com eles”, disse Russell Schwartz, 17 anos, de Farmingdale, Nova York. “Honestamente, no 30o aniversário, eu não poderia perder a chance de honrar uma lenda.”

Pelo menos no Facebook, Lennon não morreu, e lá 1,3 milhão de pessoas deixaram lembranças. Pelo Twitter, a viúva Yoko Ono lembrou o lado doméstico do ídolo, contando, por exemplo, como o artista britânico queria que ela fizesse seu chá: “Yoko, Yoko, você precisa primeiro colocar o saquinho de chá, e depois a água quente”. Depois, ele inverteu as ordens, “e aí morremos de rir”.

Também por ocasião do aniversário, a revista Rolling Stone publica a última entrevista concedida por Lennon a um meio de comunicação impresso. Trechos haviam sido publicados na época da morte dele, mas só recentemente o jornalista Jonathan Cott transcreveu o resultado das nove horas de conversa, depois de encontrar as fitas no fundo de um armário.

Ironicamente, Lennon, três dias antes de morrer, ataca fãs e críticos que o recriminaram por passar cinco anos afastado da música. “O que eles querem são heróis mortos, como Sid Vicious e James Dean. Não estou interessado em ser um maldito herói morto, então esqueçam, esqueçam.”

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