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25 de Junho: momento de festa e de reflexão- MDM

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda maior força da oposição no país, considera que o dia da Independência, hoje celebrado, constitui uma ocasião para festejar e para reflectir sobre os erros do passado.

Falando a imprensa sobre os 35 Anos da Independência Nacional, cujas cerimónias centrais aconteceram esta sexta-feira em Maputo, o Secretário-geral do MDM, Ismael Mussá, disse que o 25 de Junho constitui um momento de festa para todos os moçambicanos, mas também uma ocasião para “reflexão sobre o que falhamos no passado”.

Segundo o líder do MDM, único partido da oposição com representação parlamentar que participou nas cerimónias da Praça da Independência (a Renamo esteve ausente), durante os 35 anos, o país teve várias conquistas, sobretudo no tocante a expansão da rede escolar e hospitalar. Contudo, Mussá defende que esta expansão não foi acompanhada pela melhoria de qualidade dos mesmos serviços.

Além disso, ele disse ser importante reflectir sobre os impedimentos de oportunidades de emprego e habitação para os jovens. “Mais ainda, há uma necessidade dos moçambicanos se reconciliarem entre si de modo a corrigir os erros cometidos no passado, caracterizados por não reconhecimento do papel de algumas pessoas históricas que lutaram pelo país”, disse Mussá.

O Secretário-geral do MDM apontou, dentre vários, os nomes de Lázaro Khavandane e Urias Simango (pai do presidente do MDM, Daviz Simango) como sendo de moçambicanos que deram o seu contributo para a História do país mas que hoje não são reconhecidos. “A História criou estes transtornos, mas hoje, passados 35 anos da Independência, é chegado o momento de corrigirmos esses erros e este é o nosso apelo ao Presidente da República (Armando Guebuza) para resolver esse problema antes do fim do seu mandato”, referiu Mussá.

Ainda no seu contacto com a imprensa, Mussá distanciou-se do conteúdo da mensagem do representante dos partidos da oposição apresentada pelo presidente do Partido Trabalhista, Miguel Mabote, durante as cerimónias centrais de 25 de Junho. Na sua intervenção, Mabote elogiou o desempenho do actual Governo e disse, dentre várias coisas, que na agenda de combate a pobreza não há tempo para oposição, porque a pobreza não tem cor nem tribo.

Ismael Mussá disse não conhecer esta oposição (que falou durante a cerimónia) porque não tem legitimidade. O Partido Trabalhista é um dos pequenos movimentos políticos sem nenhuma expressão na esfera politica nacional e nem sequer conseguiu alguma visibilidade nas eleições passadas. Por causa disso, Ismael Mussá criticou o Protocolo do Estado por não ter observado um critério válido para seleccionar os partidos políticos convidados para falar durante aquele evento.

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