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17 ONG preocupadas com degradação da situação em Darfur

Pelo menos 17 Organizações Não Governamentais (ONG), das quais African Centre forPpeace and Justice Studies e Human Rights First, exprimiram esta segunda-feira as suas “vivas preocupações” face à brusca degradação da situação humanitária em Darfur, província ocidental do Sudão assolada desde Fevereiro de 2003 pela guerra civil.

Num comunicado divulgado em Paris, as ONG afirmam que a situação no terreno se deteriorou nas semanas que precedem o referendo do Sul-Sudão com uma retomada dos violentos confrontos entre as forças governamentais e os rebeldes do Exército de Libertação do Sudão (ALS,) de Mini Minawi. “Os confrontos e ataques perpetrados contra os civis pelas forças governamentais em Khor Abeche, Shaeria e Shangil Tobaya provocaram a deslocação de 32 mil pessoas”, sublinham as 17 ONG que deploram que a presença da Missão Conjunta da União Africana e Nações Unidas em Darfur (MINUAD) não chegue para pôr termo às exações contra civis e às violações contínuas dos direitos humanos.

A fonte revela ainda que as violações dos direitos humanos, incluindo as sexuais, persistiram no interior e exterior dos campos de pessoas deslocadas em Darfur (oeste do Sudão)”, insurgiu-se o coletivo das ONG que acusa os rebeldes e o poder de impor um silêncio sobre a iinformação nesta região. Apesar da presença dos capacetes azuis e dos membros do pessoal civil da ONU, não é possível encontrar informações relativas à segurança nesta província e ao impacto das violências sobre os civis, prossegue o coletivo que integra no seu seio a Federação Internacional das Ligas dos Direitos Humanos (FIDH) e a Coligação Árabe para Darfur.

Para as 17 ONG, todos os beligerantes devem respeitar o direito humanitário internacional e o livre acesso das ONG às populações civis, seja qual for a sua pertença étnica ou sua residência. Apesar da assinatura de vários acordos de paz entre o poder central e diferentes fações rebeldes, as violências prosseguem na região ocidental do Sudão, fazendo vários mortos e centenas de milhares de deslocados.

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