Apenas 10% de 31 empresas instaladas no Parque Industrial de Beluluane, província do Maputo, são de capital maioritariamente moçambicano e os remanescentes 90% são de capital estrangeiro. A situação é reflexo da falta de apoio financeiro, material e humano e ainda de um maior envolvimento das empresas no associativismo empresarial para este “insuflar algum oxigénio para mudar o cenário”, segundo a Associação Industrial de Moçambique (AIMO).
As autoridades públicas moçambicanas com responsabilidade sobre o sector encontram-se ainda longe de estimular mudanças em favor de uma indústria credibilizada devido à escassez dos respectivos serviços “e os que existem são fornecidos a custos incomportáveis para o tecido industrial dominado pelas pequenas e médias empresas”, aponta ainda a AIMO em documento seu sobre a competitividade industrial em Moçambique.
Como recomendações, a OIMO indica que se deve apoiar o desenvolvimento do mercado de qualidade, através do estímulo para entrada de operadores públicos e privados internacionais e remover factores de ambiente de negócios que desencorajam o investimento em qualidade, incluindo o estabelecimento de uma unidade independente de auditoria aos serviços públicos, liderado pelo sector privado e tendo em vista encorajar reformas.