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Zâmbia põe mais um tijolo na parede da tradição

Regressado à Machava, onde Mart Nooji fez história ao qualificar os Mambas para o CAN-2010 – não ganhou ainda nenhum jogo oficial na Machava nesta segunda vinda -, os moçambicanos quiseram prestar homenagem ao herói que iria vergar a poderosa Zâmbia e colocaram 40 mil almas no Vale do Infulene. Mas, depois da tradição… a tradição ou não tivesse a equipa de Dario Bonneti, graças a um triunfo esclarecedor, subido aos lugares que dão acesso ao CAN-2012, deixando Moçambique a lamber as feridas de um castigo justo e merecido.

Filme do jogo

No início, Moçambique adoptou uma toada lenta que beneficiava claramente os visitantes, alicerçados numa defesa segura e num meio-campo sólido, no qual os alas ajudavam a criar uma teia em terrenos mais recuados.

Os elementos mais adiantados da Zâmbia, por sua vez, tiveram de circular a bola de um flanco para o outro enquanto os Mambas recuavam à espera de uma brecha por onde atacar a baliza de Mwene.

A palavra-chave era, de facto, velocidade; quando a utilizou, a Zâmbia foi chegando à baliza e obrigando Mexer e Mano a aplicarem-se. Mas o primeiro susto até foi na baliza de Mwene, quando Dário Monteiro cruzou do lado direito, mas Gonçalves chegou tarde. Depois disso, os Chipolopolo responderam com o golo.

Kabala Clinford, médio ofensivo zambiano, roubou uma bola e fez um passe a rasgar a defensiva moçambicana. Jamaes Champanga agradeceu o presente e, com um toque subtil, silenciou 40 mil almas.

A finalização das jogadas, aliás, foi a grande dor de cabeça dos zambianos, que construíam ocasiões em série e tinham mais posse de bola perante um adversário que abdicou de atingir a baliza.

Etapa complementar

Para a segunda parte, Mart Nooji mexeu na equipa e fez sair, presume-se, debilitado fisicamente, Mexer e fez entrar Kampira, deslocando Dário Khan para o centro do terreno.

Os Mambas só chegavam à baliza contrária através da marcação de bolas paradas. Miro obrigou o guarda-redes zambiano a protagonizar a defesa da tarde. Moçambique, diga-se, foi uma equipa órfã na fase de construção. Genito destacouse por uma falta inteligente a cortar um contra-ataque zambiano na primeira parte. Dominguez perdeu-se um dribles inconsequentes.

Os zambianos tanto procuraram, nem sempre com acerto ou arte – que, depois de algumas oportunidades desperdiçadas, chegaram ao segundo golo, aos (90+1), com uma perda de bola de Mano que deixou Mauka na cara de Kampango. Em suma: tudo igual. No final, três pontos para a Zâmbia.

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