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Zambeze: famílias abandonam zonas de risco

Inúmeras famílias estão a abandonar as zonas de risco na região do baixo Zambeze, Centro de Moçambique, onde os níveis das águas tendem a subir nos últimos dias.

A subida dos níveis dos caudais resultam da ocorrência de precipitação e das descargas registadas na Barragem de Cahora Bassa (HCB), localizada na província de Tete, Centro-noroeste do país.

As autoridades dos distritos de Mutarara, naquela província, Tambara, em Manica; bem como as de Chemba, Caia e Marromeu, na província de Sofala, afirmam que estas famílias estão a movimentar-se de forma voluntária, num processo acompanhado pelas estruturas locais.

O jornal “Notícias” escreve, Terça-feira, que essas famílias têm sido sensibilizadas pelas estruturas comunitárias no sentido de abandonarem as zonas de risco as inundações, publicando, de quando em vez, informações sobre a evolução dos níveis nas principais bacias da região.

Informações emitidas esta Segundafeira pela Administração de Águas do Zambeze (ARA-ZAMBEZE) indicam que a situação hidrológica actual daquela bacia é caracterizada por níveis de água relativamente altos e acima do nível de alerta em todo o curso principal do Zambeze.

Esta tendência deve-se, fundamentalmente, às descargas em curso na HCB e a contribuições dos principais tributários da região. As autoridades do distrito de Caia, na província de Sofala, afirmam que as populações estão a abandonar as ilhas locais porque as águas do Zambeze estão a invadir as suas áreas residenciais e de prática da agricultura.

A mesma situação regista-se no distrito de Mutarara, onde as águas estão a inundar residências localizadas nas zonas baixas. O Governo estima que as inundações do vale Zambeze poderão afectar cerca de 40 mil pessoas nesta época chuvosa, caso as descargas da HCB atinjam oito mil metros cúbicos por segundo. Neste momento, as descargas da HCB estão ao nível de 6.300 metros cúbicos.

Há duas semanas, o Governo decretou Alerta Vermelho Institucional, decisão que confere poderes às instituições do Estado para retirar compulsivamente as populações residentes em zonas de risco a inundações, devido às cheias que se registam em quase todo o território nacional.

As cheias já são uma realidade em Moçambique, particularmente nas regiões Centro e Sul, onde há vias de acesso cortadas, comunidades isoladas, além de infraestruturas sociais como escolas e hospitais destruídas ou paralisadas.

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