Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Soltura de Nini Satar
É, sem dúvidas, uma grande xiconhoquice conceder liberdade condicional a um criminoso condenado por assassinar alguém. Numa decisão de bradar aos céus, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM) anuiu para que Momad Assif Abdul Satar, mais conhecido por Nini Satar, fosse restituído à liberdade condicional supostamente por bom comportamento, ou seja, não existe nada em seu desabono, desde que está enclausurado, em 2001, na cadeia de máxima segurança, vulgo Brigada Operativa (BO).
O visado cumpriu metade dos 24 anos de prisão a que foi condenado por se ter provado que está envolvido na morte do jornalista Carlos Cardoso. O artigo 20 do Código Penal estabelece que qualquer pessoa que for condenada a pena superior a seis meses de prisão pode gozar de liberdade quando cumprir metade do período de reclusão.
Os nossos leitores dizem que não estão contra a liberdade de Nini mas consideram absurdo que um indivíduo como ele volte à sociedade para conviver com as famílias ofendidas. E aplaudem a decisão da Procuradoria- -Geral da República (PGR) por ter travado o processo, alegadamente por falta de vontade por parte de Nini de se adaptar à vida honesta.
Manifestos eleitorais
Os candidatos dos três partidos à presidência da República de Moçambique propalam inverdades e em cada acção provam que têm talento para o efeito. Eles são todos iguais. São farinha do mesmo saco. Nos seus périplos pelo país transportam quantidades imensuráveis de promessas que durante os 39 anos de independência nem o partido que se vangloria de ser de mudança conseguiu concretizar.
É exemplo disso a construção de uma linha férrea para ligar Maputo a Cabo Delgado. Querem que a gente engula esta mentira? Eis a pergunta de um dos nossos leitores, para quem se realmente existisse tal via ferroviária poucos produtos ou excedentes agrícolas apodreceriam em diversos pontos do país por falta de vias e meios de escoamento.
Os manifestos eleitorais dos partidos políticos são uma prova inequívoca de que eles mentem agora, vão mentir depois quando chegarem ao poder e vão mentir para sempre. Eles aproveitam-se da cegueira mental de alguns compatriotas para conseguirem votos e vencer as eleições. E quando já se sentam nas poltronas dos seus gabinetes esquecem-se do povo que lhes colocou no poder…
Crimes passionais
Os crimes passionais, ou seja, cometidos por paixão, tendem a ser frequentes na sociedade moçambicana. No domingo passado, uma jovem identificada pelo nome de Sandra Paulo, de 19 anos de idade, espancou o seu namorado, depois de encontrar o seu parceiro com uma suposta amante, no bairro de Mutauanha, arredores da cidade de Nampula.
A vítima, de 24 anos de idade, teve de ser evacuada para o Hospital Central de Nampula (HCN), devido à gravidade dos ferimentos. Há algum tempo, Sandra vinha desconfiando de que o seu namorado, de nome Olímpio, mantinha um relacionamento amoroso com outra mulher. Naquele dia, o visado saiu de casa alegando que iria divertir-se com alguns amigos numa das barracas daquela zona residencial.
A jovem decidiu seguir o seu parceiro, tendo-o encontrado, em flagrante, com uma outra mulher, enveredou pela violência e pôs-se em fuga depois de se aperceber de que o seu namorado tinha o sangue a escorrer por toda a cabeça.