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Xiconhoquices da semana: Reunião de quadros da Frelimo; Assassinato do juiz Silica; Pré-campanha nas igrejas

Xiconhoquices da semana: Funcionários públicos obrigados a participar na campanha eleitoral; Falta..

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Reunião de quadros da Frelimo

A reunião de quadros da Frelimo, ou melhor, do Governo da Frelimo, foi uma viagem para a realidade virtual daqueles que proporcionam parques de diversões aos seus membros. Foram, na verdade, três dias de insulto ao povo moçambicano que, com muito sacrifício, pagam os impostos.

Segundo os nossos leitores, o evento foi uma prova de que no nosso território existem dois países: o da Frelimo e o do povo que vive na miséria desgrenhada. Nunca, na história do país, houve uma demonstração grátis de viaturas de luxo pagas com os nossos impostos que desfilavam pelas ruas das cidades de Maputo e Matola.

Essa Xiconhoquice acontece numa altura em que os moçambicanos se encontram mergulhados numa crise sem precedentes, onde as bolsas de fome assumem contornos alarmantes, as unidades sanitárias encontram- se sem medicamentos e ambulâncias, e os madgermanes, antigos combatentes e jovens desempregados continuam sem resposta. É caso para dizer que há filhos e enteados nesse Pérola do Índico.

Assassinato do juiz Silica

O crime organizado já começa a ganhar contornos alarmantes, revelando que estamos à beira de deixarmos de ser um país normal. O assassinato de Dinis Francisco Nhavotso Silica, juiz de Direito no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, na Secção de Instrução Criminal, é exemplo disso. O cidadão foi crivado de dezenas de balas até perder a vida no cruzamento entre as avenidas da Malhangalane e Marien Nguabi, na capital moçambicana.

Elevadas quantias monetárias em meticais e em dólares norte-americanos foram encontradas no interior da viatura da vítima. O acto deu-se em plena luz do dia. O mais espantoso é a ousadia dos indivíduos que perpetraram esse acto macabro. A vítima fazia- se transportar numa viatura com a chapa de inscrição MMV-22-56, tendo sido surpreendido num semáforo com sinal vermelho por um grupo de sanguinários que dispararam à queima-roupa contra si.

Dinis Sílica emitiu um mandado de captura dirigido a Manish Cantilal, em Abril passado, acusado de estar envolvido nos sequestros. Na altura em que o magistrado encontrou a morte, o causídico dirigia-se a uma instância de justiça, onde, entre vários processos, ia receber o que determinava se o acusado continuava detido ou seria restituído à liberdade.

Pré-campanha de Nhisi nas igrejas

O candidato da Frelimo às eleições presidenciais de Outubro próximo, Filipe Nacinto Nyusi, prossegue em lume brado na sua pré-campanha eleitoral apoiado pelo seu partido. Desta vez, numa clara demonstração de desespero, Nyusi decidiu visitar as igrejas. A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) foi um dos seus alvos na sua frenética investida de “caça ao voto”.

Não se sabe ainda quais serão as próximas a serem visitadas. Filipe Nyusi foi supostamente receber a bênção da IURD, pedindo à congregação inspiração divina e sabedoria para conduzir os destinos deste país.

Noutras palavras, o candidato do partido no poder foi pedir votos. No Cenáculo da Fé, o maior templo da IURD em Moçambique, localizado em Maputo, Nyusi foi benzido pela liderança máxima da igreja e recebeu uma lista contendo as preocupações dos jovens, com quem se reuniu no local. O que não faz um homem desesperado, não é mesmo!?

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