Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Proposta de Orçamento de Estado para 2017
A cada dia que passa vai ficando visível a falta de seriedade do Governo da Frelimo. A proposta de Orçamento de Estado para o próximo exercício financeiro é mais uma prova de que este Governo anda desnorteado. A proposta de Orçamento de Estado que será submetida à próxima sessão da Assembleia da República para que os deputados do partido Frelimo aprovem sem hesitar foi elaborada nos antípodas da realidade, ou seja, o Executivo de Nyusi ignorou de forma deliberada as reais preocupações do sofrido povo moçambicano. Aliás, o Governo de turno não se deu ao trabalho de consultar o povo, que cinicamente o considera de patrão. Por exemplo, o Governo de Nyusi colocou como prioridade a guerra, aumentando as despesas com o pessoal das Forças Armadas, e despesas com os funcionários na capital do país, em detrimento das províncias. Que Xiconhoquice!
Nomeação da ministra dos Recursos Minerais e Energia
Se havia dúvida quanto à mediocridade do Governo de Nyusi, certamente depois da notícia dando conta da nomeação da senhora Letícia Klemens a ministra dos Recursos Minerais e Energia não restam sombras de dúvida. O Presidente da República, Filipe Nyusi, nomeou uma figura sem nenhuma expressão e, muito menos, competência conhecida para um sector vital para o desenvolvimento do país. Aliás, o maior mérito da substituta do Pedro Couto (acantonado na Hidroeléctrica de Cahora Bassa) é ser sócia de parentes e pessoas próximas aos três anteriores Presidentes de Moçambique e de Alberto Chipande. Klemens é empresária e os interesses empresariais dos seus sócios, assim como dos seus familiares e parceiros, estendem- -se do gás passando pela indústria extrativa até ao sector de energia, o que revela claramente conflito de interesse. Enfim, “é o fim da picada”.
Custo de Vida não pára de aumentar
Os tempos actuais são de choros e ranger de dentes para os moçambicanos. Nunca antes o custo de vida esteve tão alto, e o pior de tudo a cada dia que passa a situação tende a deteriorar-se, deixando milhares de moçambicanos à beira do desespero. A cada dia que se levanta, cresce a incerteza do que o povo há-de comer. O preço dos produtos atingiu níveis insustentáveis para os consumidores. Devido ao agravamento principalmente do preço dos alimentos que o nosso país importa, os moçambicanos têm vindo a apertar o cinto todos os meses. Aliás, que o poder de compra do consumidor é débil já é de senso comum, mas o que os consumidores não sabem é que o mesmo tem vindo a decrescer ao longo dos anos. Na verdade, não há registo de que alguma vez o poder de compra dos moçambicanos tenha estado estável. O mais preocupante é que não se vislumbra melhoria da situação a médio e curto prazo. Tramados, estamos!