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Xiconhoquices da semana: Organização da Juventude da Frelimo; Governo que finge dialogar com…

Xiconhoquices da semana: Funcionários públicos obrigados a participar na campanha eleitoral; Falta..

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

1. Organização da Juventude da Frelimo

A eleição da farsa que periga a democracia. No reino das Xiconhoquices. Aliás, no partido Frelimo. Lá onde os membros gritam no Facebook que o debate existe intra-muros a democracia foi trucidada. Mas não foi só Basílio Muhate que caiu por razões que todos desconhecem. A secretária-geral da Organização da Mulher Moçambicana (OMM) também teve de abdicar do seu cargo. Há pessoas que sugerem que estas organizações mudem de nome, uma vez que não representam, nem de longe, a vontade dos jovens e das mulheres.

A Organização da Juventude Moçambicana deveria ser extinta para dar lugar à Organização da Juventude da Frelimo. Seria bem mais justo e essas demissões provocadas pela vontade de velhos caducos não seriam objecto de debate. Contudo, os jovens da Frelimo são responsáveis pela sua inexistente força. São responsáveis porque sempre pautaram pela bajulação e pela domesticação do discurso. Quando idosos desrespeitam jovens sem que eles façam uma tempestade temos de estar cientes de que estamos diante de uma juventude amordaçada e que desconhece outro caminho que não seja o da submissão.

A OMM devia dar lugar a qualquer coisa como Organização de Escravas da Frelimo. O seu comportamento e submissão actual justificam. Sabemos, contudo, que surgiram os defensores do regime a falar de assuntos internos e quejandos, mas isso não é nenhum impedimento para descortinar a podridão dessas decisões e o perigo que elas representam para a liberdade de organizações que deviam, ainda que partidárias, ser regidas pela vontade dos seus membros efectivos.

2. Governo que finge dialogar com Renamo e Profissionais da Saúde

Mais uma Xiconhoquice de um Governo que continua a arrastar uma crise com a barriga. A força dos médicos, neste braço-de-ferro com o Governo, é inquestionável e a cada dia ganha maior fulgor. Portanto, quando Alberto Nkutumula diz que estes poderão sofrer sanções salariais e processos disciplinares devido às faltas acumuladas durante os sucessivos dias de paralisação das suas actividades e que a greve é ilegal revela o desnorte do Executivo de Armando Guebuza.

Os médicos faz tempo que ultrapassaram a barreira do medo. Isso ficou para trás e só o Governo é que não percebeu. Essa estratégia de esticar a corda só funciona com a Renamo. O diálogo com os homens do partido de Afonso Dhlakama continua a ser arrastado. Talvez pelo sucesso no entretenimento a que submetem o pessoal da Renamo acreditam que vão vencer os médicos pelo cansaço e com ameaças de cortes salariais.

Portanto, manter uma posição negativa em relação à presença da Comissão dos Profissionais da Saúde Unidos (CPSU) no diálogo entre o Governo e a Associação Médica de Moçambique (AMM) é ridículo. O Governo entende que a CPSU é inexistente e que, portanto, não deve participar nas conversações.

Segundo Nkutumula, o Executivo, “não pode dialogar com fantasmas”, a acontecer (o diálogo), seria ir contra as regras que o mesmo Executivo estabeleceu. O interlocutor explicou que aceitar dialogar com uma entidade “inexistente”, tal é o caso da CPSU, seria abrir um caminho sem precedentes para que, futuramente, surjam outras comissões a exigir o mesmo direito. Mas se os homens da CPSU são fantasmas alguém deve estar a prestar assistência médica aos moçambicanos.

3. Acidentes de viação

Pelo menos cinquenta pessoas perderam a vida e outras 78 contraíram ferimentos, na sua maioria em estado grave, vítimas de 47 acidentes de viação registados semana finda em Moçambique. É grave a responsabilidade, em grande parte, dos automobilistas. É certo que as nossas estradas são construídas por Xiconhocas, mas não é menos verdade que um número considerável de acidentes de viação é causado pelas nossas Xiconhoquices enquanto automobilistas.

O porta-voz do comando geral da Polícia moçambicana (PRM), Pedro Cossa, que revelou o facto, terça-feira, à imprensa, em Maputo, explicou que o excesso de velocidade, o corte de prioridade, bem como a deficiência mecânica de algumas das viaturas foram as principais causas dos acidentes.

Aqui também estamos diante de uma Xiconhoquce. O porta-voz do comando geral tenta atribuir total responsabilidade ao automobilista. O que não corresponde, de todo, à verdade. O estado das vias de acesso também contribui e não perde nada o bom do Pedro Cossa se assumir que alguns acidentes foram causados por isso.

“Registaram-se 13 acidentes causados pelo excesso de velocidade, dois por corte de prioridade e igual número por deficiência mecânica”, disse Cossa. Essa explicação das Xiconhoquices nas nossas estradas está incompleta.

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