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Xiconhoquices da semana: Inflação que não atinge bebidas alcoólicas e tabaco; Falta de transporte para Inhaca; Contrabando de combustível

Xiconhoquices da semana: Novo Regulamento de Transporte em Veículos Automóveis; Passaporte falso de Nini sem falsificadores; Campanha eleitoral da Frelimo

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Inflação que não atinge bebidas alcoólicas e tabaco

Nada mais nos surpreende neste país, onde quase tudo acontece fora da normalidade, ou seja, as coisas acontecem de forma contrária. Exemplo disso é a inflação que não pára de galopar, qual um cavalo sem freios, e vai afectando de forma impiedosa os bolsos dos moçambicanos. Nos últimos tempos, por causa da inflação, o custo de vida tem vindo subir, metical a perder terreno para o dólar norte- -americano. Agrava-se o preço de quase tudo. Sobe o preço do pão, do arroz, do tomate, do óleo, do carapau, e tudo que é produto de primeira necessidade. Porém, só não sobem os preços de bebidas alcoólicas e tabaco. Parece que a dita inflação só foi feita apenas para os bens de primeira necessidade. Diante dessa situação, só se pode afirmar que o Governo de turno pretende manter os moçambicanos entorpecidos, de modo a não questionarem as fraudulentas dívidas contraídas ilegalmente em nome do Estado moçambicano, a razão de toda essa crise que o país atravessa.

Falta de transporte para Inhaca

A questão de falta de transporte público no país é um dos muitos aspectos que deveria corar de vergonha o Governo da Frelimo. É uma autêntica vergonha, de proporções imensuráveis. Não se justifica que, volvidos 41 anos de Independência Nacional, o nosso país continue a enfrentar o problema tão básico como o de falta de transporte. Mas o mais caricato é a falta de transporte para Inhaca. Se há bem pouco tempo Inhaca era um dos melhores destinos para se visitar, hoje é um lugar para esquecer, sobretudo para os turistas. Aliás, os residentes daquela circunscrição também estão privados de transporte marítimo público, devido à avaria de uma embarcação que garante a ligação entre aquela ilha e a capital do país, a cidade de Maputo. Enfim, é caso para dizer que coisas dessa natureza só acontecem, infelizmente, em Moçambique.

Contrabando de combustível

A tragédia da localidade de Caphiridzange, na província de Tete, onde pelo menos 90 pessoas perderam a vida e mais e outras 50 contraíram ferimentos, veio colocar a nu uma prática que já se tornou comum um pouco por todo o país: o contrabando de combustível. É frente assistir- -se, quando se percorre as estradas moçambicanas, ao roubo de combustíveis para a venda doméstica em pequenos recipientes ao longo das vias. Esta é uma prática que tem vindo a lesar o Estado moçambicano em milhões de meticais. Trata-se, na verdade, de um crime organizado que a Polícia da República de Moçambique (PRM), por conforto e, muitas vezes, cumplicidade, não conseguem pôr cobro ou identificar os envolvidos. Porém, se fosse para atribuir a culpa à Renamo, certamente que a PRM em menos de 10 minutos já o teria feito.

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