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Xiconhoquices da semana: Homenagem dos desportistas a Guebuza; Crime organizado; Diálogo entre o Governo e a Renamo

Xiconhoquices da semana: Novo Regulamento de Transporte em Veículos Automóveis; Passaporte falso de Nini sem falsificadores; Campanha eleitoral da Frelimo

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Homenagem dos desportistas a Guebuza

O vício de homenagear o Presidente da República, Armando Guebuza, em virtude das obras que realizou ao longo dos 10 anos de governação e pela sua forma clarividente de dirigir o país, parece que está apenas a iniciar. Não se sabe quem mais irá evocar os mesmos pretextos para se realizar outros jantares até ao fim o mandato de Guebuza.

Nisto, o que causa tamanha inquietação é o facto de os tais desportistas se terem “reunido” com Guebuza para lhe ovacionarem por inaugurações tais como do Estádio Nacional do Zimpeto, da Vila Olímpica, dos Jogos Africanos em 2011 e outras coisas. Aliás, os atletas de voleibol falharam dois mundiais este ano devido à falta de uma quantia irrisória. Ninguém tugiu nem mugiu para dizer que isso retarda esta modalidade.

A selecção nacional de karate em femininos e masculinos está em vias de não participar no campeonato mundial da modalidade porque, mais uma vez, o Executivo não disponibilizou uma ninharia equivalente a 400 mil meticais para o efeito, na Alemanha, entre 02 e 09 de Novembro do ano em curso. Gastar balúrdios com homenagem não traz benefícios a ninguém. Alguém pode dizer-nos por que carga de água os desportistas não procuraram saber de Guebuza o que deve acontecer para o nosso desporto evoluir?

Crime organizado

De há uns tempos para cá vive-se dias de pavor. Os tentáculos do crime organizado tendem a agigantar-se. Há perigos e ameaças por toda a parte e o povo teme que o pior possa acontecer nas sua famílias. Esta situação que está, hoje, entre as maiores preocupações da população deve ser energicamente combatida.

O Estado parece estar de mãos atadas a ponto de não agir com vigor que se espera no sentido de devolver a tranquilidade aos citadinos dos grandes centros urbanos, onde o problema é grave. Depois de uma série de assassinatos nos dias passados, a crueldade protagonizada contra Danger Men deixou a população a acreditar cada vez menos na Polícia e noutras entidades a quem cabe a tarefa de controlar a situação que prevalece, em parte, devido às fragilidades dos agentes da Lei e Ordem.

É possível combater o crime com sucesso enquanto a Polícia estiver infestada de policiais que trocam informações com os bandidos e lhes fornecem armas? Eis a pergunta de um dos nossos leitores. Outro diz que o Estado deve aprimorar, urgentemente, as suas estratégias para neutralizar os bandidos e conter a onda de violência social. Outro ainda considera que a Polícia deve mostrar empenho no seu trabalho que visa garantir a ordem e a tranquilidade públicas.

Diálogo entre o Governo e a Renamo

José Pacheco, chefe da delegação do Governo moçambicano no diálogo político com o partido Renamo, revelou na segunda-feira (27) que existem 300 lugares para a integração de igual número de homens residuais do partido liderado por Afonso Dhlakama, 200 da Polícia da República de Moçambique (PRM) e 100 nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Mas publicamente não se sabe quantos guerrilheiros tem a “Perdiz” nem quantos armas estão em sua posso.

O chefe da delegação do partido Renamo, Saimone Macuina, desmentiu Pacheco afirmando que o seu partido não tem conhecimento da proposta anunciada pelo Executivo e exigiu a apresentação do modelo de integração dos seus homens na PRM e nas FADM. Na verdade, estas contradições entre as partes já não surpreendem ninguém. Aliás, os observadores militares de cessação das hostilidades que devem vir dos Estados Unidos da América e da Grã-Bretanha ainda não se encontram no país.

Os restantes membros da equipa já estão em Moçambique e deviam ter iniciado o trabalho que lhes compete a 11 de Outubro, mas até ao fecho desta edição nada estava feito. Há informações segundo as quais os Estados Unidos da América e a Grã-Bretanha não deram nenhuma satisfação ao Governo e à Renamo sobre a sua ausência, e esta situação não agrada as partes.

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