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Xiconhoquices da semana: Guerra; Tolerância de ponto nos dias 2 e 3 de Janeiro; Especuladores de…

Xiconhoquices da semana: Falta de acção disciplinar cvontra funcionários públicos corruptos; CNE...

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Guerra

A tensão político-militar que desde o princípio do ano passado começou a registar-se na zona de Muxúnguè, centro de Moçambique, atingiu a zona sul. O governo moçambicano não admite que a guerra eclodiu no país. O Ministério da Defesa Nacional (MDN) ignora simplesmente o registo de confrontos entre as forças de segurança do Estado e antigos guerrilheiros da Renamo na localidade de Phembe, no distrito de Homoíne, província de Inhambane.

A população local está a abandonar as suas zonas residenciais, pois teme que seja vítima dos ataques armados entre os homens da Renamo e as forças governamentais, à semelhança do que está a acontecer em Muxúnguè, onde dezenas de civis foram mortos e outros feridos em consequência dos ataques.

O director nacional de Política de Defesa, Cristóvão Chome, não confirmou à Imprensa a veracidade da informação que está a ser veiculada por cidadãos que se refugiaram nas matas na companhia das respectivas famílias. Contudo, realçou que as Forças de Defesa e Segurança estão no terreno a fazer a monitoria da situação.

Tolerância de ponto nos dias 2 e 3 de Janeiro

A tolerância de ponto nos dias 2 e 3 de Janeiro deste ano concedida pela ministra do Trabalho, Helena Taipo, supostamente para permitir que os trabalhadores públicos e privados passassem as festas de fim de ano e do Natal junto das suas famílias apenas criou desvantagens não só para os cidadãos como para a economia do país.

Tratou-se de dias úteis da semana em que muitos empreendimentos foram obrigados a paralisar as suas actividades para dar lugar a uma grande Xiconhoquice do Ministério do Trabalho e do Governo. Algumas empresas que ousaram ignorar a decisão foram vítimas de multas. Além disso, o grande prejuízo circunscreveu-se a perdas nas vendas e outras transacções comerciais que deviam ser executadas naqueles dois dias.

Os prejuízos foram enormes, porque as receitas dos referidos estabelecimentos comerciais são dependentes das vendas. Por exemplo, em Nampula, a Shoprite foi multada por obrigar os seus funcionários a trabalhar naqueles dias decretados como tolerância de ponto.

“A Inspecção-Geral do Trabalho, no âmbito das atribuições estabelecidas no artigo 4 do Decreto 45/2009, de 14 de Agosto, bem como do poder estabelecido nos artigos 259 e 260 da Lei do Trabalho, recomenda a observância da tolerância de ponto em todos os serviços não essenciais ao abastecimento da quadra festiva, à escala nacional”, lê-se num comunicado emitido pelo Governo com vista a esclarecer a situação.

Especuladores de preços na quadra festiva

A especulação de preços de produtos, sobretudo de primeira necessidade, constitui a maior Xiconhoquice eleita pelos nossos leitores. Destacaram, igualmente, a questão da existência de produtos fora de prazo que estavam a venda nos estabelecimentos comerciais. Esses factores mancharam a quadra festiva de Natal e de fim de ano. Em algumas cidades, como é o caso de Beira, Quelimane, Maputo e Lichinga, os preços dos produtos de primeira necessidade subiram drasticamente.

Justifica-se recorrendo- se ao facto de que tal se deve à falta de condições das vias de acesso para o seu escoamento para os principais centros de consumo nas referidas regiões. A situação agravou-se porque internamente se assiste à fraca capacidade de produção para se responder à demanda.

Os comerciantes aproveitaram-se destas e doutras situações para protagonizar as Xiconhoquices com a mestria que lhes é peculiar. O pacato cidadão não pode reclamar, porque as entidades responsáveis pela fiscalização decidiram fazer vista grossa e permitiram a concretização dessas irregularidades durante o período em que a oferta é reduzida e cada um manipula os preços para aumentar os lucros. Como não podia deixar de ser, o consumo da energia aumentou e sobrecarregou as linhas, facto que resultou em restrições no seu fornecimento.

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