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Xiconhoquices da semana: Doentes em estado grave pagam para serem transferidos; Piscina do Zimpeto não está em condições; País sem alternativas

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Doentes em estado grave pagam para serem transferidos em Maputo

A Medicina é um ramo em que se exige do seu pessoal a honestidade e o respeito para com a vida humana. Além disso, os médicos são cidadãos cuja vocação é, exactamente, cuidar das pessoas de modo a fazê-las sentir-se melhores. Mas o pessoal da Saúde afecto ao Hospital Geral da Polana Caniço, em Maputo, desmente o acima citado. Este transformou a Medicina em Xiconhoquices , tendo-se trocado os princípios éticos pela corrupção.   Os utentes do Hospital Geral da Polana Caniço em Maputo andam agastados com a postura de alguns funcionários daquela unidade sanitária por alegadamente estes lhes exigirem dinheiro para que, em casos graves, sejam transferidos para o Hospital Central de Maputo. O esquema começa do guarda, que desempenha a função de intermediário e/ou facilitador do negócio (exige 100 meticais), depois segue-se o pagamento do“refresco” ao enfermeiro em exercício no Banco do Socorros e, por fim, o motorista da ambulância, por sinal a única viatura em pleno funcionamento naquele hospital. Confrontado com esses atropelos à ética profissional por parte dos técnicos da Saúde do Hospital Geral da Polana Caniço, Francisco Mbofana, director Nacional de Saúde Pública do Ministério da Saúde (MISAU), reconheceu algumas das irregularidades denunciadas, acrescentando que a sua instituição vai investigar ao pormenor a situação. Que vergonha, meus senhores… que vergonha!

Campeonatos de Natação não vão ser realizados no Zimpeto porque a piscina não está em condições

Já corre nas veias do Governo moçambicano e dos demais dirigentes do desporto da chamada Pérola do Índico o mau hábito: o de não cuidar das infra-estruturas como devia ser. A piscina olímpica do Zimpeto, a título de exemplo, está numa situação lamentável. A principal e a de aquecimento, que em princípio deviam voltar a operar na semana passada, foram postas de lado, devido à avaria do disjuntor-estabilizador da corrente eléctrica. De acordo com José Pereira, director geral adjunto do Estádio Nacional do Zimpeto, a testagem dos equipamentos para se decidir a aptidão ou não das piscinas estava prevista para segunda-feira, o que não aconteceu por se ter constatado que o contactor, peça-chave para os testes, sofrera uma avaria. Portanto, descarta-se a hipótese de se ter as piscinas a postos para o fim a que foram construídas. “As máquinas só podem ser testadas com energia eléctrica, e só se pode ter electricidade com o contactor em funcionamento. É por essa razão que está tudo parado, até que chegue o novo contactor”, explicou Pereira. As piscinas foram afectadas pelas chuvas que caíram fortemente, em duas ocasiões, na capital do país no mês passado. A primeira, de 14 a 16, e a última de 28 a 29 de Dezembro. Compatriotas, até quando estas Xiconhoquices?

País sem alternativas pela EN1 e para o fornecimento de energia eléctrica

O país vai de mal a pior. A Estrada Nacional número 1 está intransitável, devido às chuvas que abalaram Moçambique, deixando dezenas de mortos e milhares de afectados. Ela não só dividiu a estrada, mas matou! Também deixou a zona norte e parte do centro às escuras. Parece que o Governo tira proveito destes problemas. As catástrofes acontecem sempre no mesmo período, mas nunca há, pelo menos, um plano “B”. Como é que se pode aceitar que uma região inteira fique sem corrente eléctrica por mais de uma semana? Isto só pode ser uma pura Xiconhoquice. É o cúmulo aceitar que o transporte rodoviário pare por completo, tendo em conta que é a espinha dorsal para o escoamento de alimentos e não só. Há países que possuem rios mais largos em relação aos de Mocuba, mas nunca se ouvir dizer que as actividades primordiais pararam. Afinal, queremos ou não reduzir o sofrimento dos moçambicanos? Custa acreditar que milhões de pessoas ficaram impedidas de telefonar, ver a televisão, escutar rádio, viajar condignamente, devido às chuvas! É um facto que com a fúria das águas, não se brinca! Todavia, temos de ser capazes de mostrar que temos engenheiros devidamente formados!  Além do apagão eléctrico, os residentes do norte de Moçambique sofrem também da falta de água potável, que já era fornecido precariamente, e as comunicações fixas e móveis estão limitadas devido à ruptura do cabo de fibra óptica das Telecomunicações de Moçambique (TDM). De Xiconhoquices em Xiconhoquices, o Governo vai cometendo mais Xiconhoquices.

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