Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Balanço de governação de Armando Guebuza
A campanha de endeusamento da figura do Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, prossegue sem trégua e, com o andar da carruagem, tudo indica que o povo moçambicano ainda vai continuar a assistir, até ao enjoo, a esse deprimente culto. Depois de o Gabinete do Presidente infestar os órgãos de informação públicos que, em parte, sobrevivem dos impostos dos moçambicanos, agora chegou a vez de virar o cano para a Imprensa dita independente. Todos os dias, são publicados encartes, que se confundem com informação de interesse público, sobre um suposto balanço de governação.
Na verdade, não passa de uma propaganda barata de um regime que procura a todo o custo limpar a imagem maculada de um líder que, durante dois mandatos, se preocupou em acumular riqueza em lugar de levar o país a bom porto. Porém, o mais revoltante não é essa onda de endeusamento. Pelo contrário, é a forma manipuladora como certos órgãos de informação publicam os assuntos, não fazendo referência de que se trata de propaganda/ publicidade política.
Confrontos em jogo da Poule para Moçambola
Uma partida de futebol de 11 é sempre um momento único e um momento de festa para os atletas assim como os adeptos. Mas não é assim que pensam algumas pessoas que parecem agir desprovidas de neurónios. Em jogo da quarta jornada da Poule de apuramento para o Moçambola-2014, na zona Centro, confrontos ditaram a interrupção do jogo entre o Textáfrica de Chimoio e o FC de Angónia, na altura empatados a 2, e resultaram em pelo menos uma vítima mortal e vários feridos.
A partida não terminou devido à invasão do campo por parte dos adeptos da equipa da casa que quiseram agredir o árbitro, alegando que este estava a favorecer a equipa adversária. A Polícia, por sua vez, na tentativa de dispersar os populares com tiros, atirou mortalmente contra uma menor de apenas 14 anos de idade que frequentava a 8ª classe numa das escolas de Angónia. Diante dessa tamanha xiconhoquice, temos só a lamentar.
Incêndios VS Falta de condições de trabalho dos bombeiros
Na mesma semana registaram-se três incêndios a nível do país. Uma das situações, deu- -se na província de Tete onde um incêndio de grandes proporções tomou conta do Departamento de Administração e Finanças do Instituto Superior Politécnico do Songo. Outra verificou-se na cidade da Beira onde cinco lojas foram totalmente destruídas. E o terceiro caso deu-se na cidade de Maputo, quando o incêndio consumiu no final da noite do domingo (15) e durante a madrugada da segunda- feira (16), o cinema Charlot.
Estas três situações têm um ponto em comum: a inoperância dos bombeiros, resultante da falta de meios de trabalho. A título de exemplo, no caso do cinema Charlot na capital moçambicana um dos dramas maiores dos bombeiros do corpo de salvação pública residiu no facto de que as chamas lavravam numa zona alta do edifício e apenas um dos veículos possuía mangueira com pressão suficiente para alcançá-las.
O défice em fontes de abastecimento de água também é outro problema que condicionou o trabalho dos bombeiros. É bastante preocupante que um país continue com um Corpo de Salvação Pública sem meios materiais para lidar com situações dessa natureza. É caricato!
