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Xiconhoquices da semana: Assalto da PRM às residências de Dhlakama e sede da Renamo; Falta de acções concretas no combate à corrupção; Detenção e deportação de cidadã estrangeira

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Assalto da PRM às residências de Dhlakama e sede da Renamo

Não há dúvidas de que caminhamos, a passos largos, para uma situação de ditadura sem precedentes. A prova disso é a invasão à residência de Afonso Dhlakama e à sede da Renamo na cidade de Maputo. Numa clara violação do Estado de Direito, a Polícia invadiu a residência do Presidente da Renamo, criando pânico e terror a sua família. Além disso, ainda assaltaram a Sede Nacional da Renamo. Numa acção que deixou amedrontado os familiares do líder da Renamo, a Polícia é acusada de surripiar dinheiro, meios informáticos, algumas armas que a guarda pessoal de Afonso Dhlakama usava para garantir a protecção da família e das infra-estruturas. Quanta Xiconhoquice!

Falta de acções concretas no combate à corrupção

Em Moçambique, o combate à corrupção não passa de mera intenção do Governo de Filipe Nyusi. Aliás, falta vontade política em erradicar esse mal que  continua a privar milhões de moçambicanos do acesso à saúde, ao transporte, à educação, a infra-estruturas, à alimentação e a demais serviços básicos. A Justiça moçambicana, que deveria fazer com que aqueles que o praticaram sejam condenados à prisão e ao reembolso ao erário do dinheiro que ilicitamente se apropriaram, continua inoperante, assistindo ao recrudescimento dessa prática. Diga-se em abono da verdade, falta acções concretas no combate à corrupção e o Governo continua a assobiar para os lados.

Detenção e deportação de cidadã estrangeira

Parece que não restam dúvidas de que somos um país anormal. A detenção de Eva Moreno, cidadã espanhola que participou de acção de rua que reivindicava o fim da violência contra a rapariga na escola, no caso das max saias, é exemplo disso. Embora ela não tenha observado a lei na condição de estrangeira, o mais caricato foi a atitude da Polícia moçambicana que recusou soltá-la, mesmo com autorização da Procuradora, uma evidente contradição na aplicação prática do Estado de Direito. Após ser solta, a cidadã foi deportada, violando-se, assim, alguns procedimentos, ou seja, não se seguiu os tramites legais para o efeito. Enfim, este é o Moçambique real onde a Polícia está acima da lei.

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