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Xiconhoquices da semana: Agressão a jornalista; Desaparecimento de editais e actas; Tiroteio na Avenida Mao Tse Tung

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Agressão ao jornalista José Nhane

Um repórter do jornal Zambeze, na província de Sofala, e correspondente do Centro de Integridade Pública no distrito do Dondo, foi agredido na tarde de 15 de Outubro corrente por dois vogais da Comissão Distrital de Eleições (CDE), por se ter feito presente no posto de votação número 07006003, sito na Escola Primária Completa Eduardo Mondlane, no bairro de Inhamainga, para apurar uma denúncia telefónica que dava conta da existência de sacolas e mochilas que supostamente continham boletins de votos assinalados a favor de algum partido político com vista a que este saísse beneficiado.

Os protagonistas do pugilismo foram Azarias Manhenje, membro do partido Frelimo em Dondo, afecto à CDE e funcionário da Saúde no Hospital Distrital Dondo, família do antigo ministro do Interior Almerinho Manhenje; e Ramos Anselmo Alexandre Mponda, filho de Anselmo Alexandre Mponda, presidente da Assembleia Municipal do Dondo.

Eles arrancaram-lhe o seu equipamento de trabalho (um gravador de voz e uma câmara fotográfica) e raptaram a vítima para ao Comando Distrital da Polícia em Dondo, onde alegaram que se tratava de um criminoso. A vítima perdeu o seu equipamento em virtude de ter sido destruído.

Desaparecimento de editais e actas

Cerca de 39 mesas de voto, o correspondente a pelo menos 30.200 eleitores que exerceram o seu direito cívico nas eleições dia 15 de Outubro, foram dadas como desaparecidas, para além da divergência de dados; por isso, não foram processadas pela Comissão de Eleições da Cidade de Quelimane.

O MDM e a Renamo disseram que possuem em seu poder os 39 editais que desapareceram do STAE, mas este e a Comissão Nacional de Eleições negam-se a considerá-los. Na óptica dos nossos leitores, estes são alguns indícios de que o processo de votação não foi justo e transparente e contraria o que tem sido propalado pelas autoridades de administração eleitoral e algumas pessoas que se fazem de entendidas nestas matérias.

Como se explica que tenham desparecido dezenas de mesas de votos, editais e actas? A quem pretendiam beneficiar ou prejudicar as pessoas que perpetraram estes actos que atentam contra a transparência que se deseja dos processos eleitorais em Moçambique? Como é possível assumir que estas eleições foram justas quando há indivíduos com mentes prenhes de ladroagem e que pululam dentro e fora das instituições que velam pelo escrutínio?

Tiroteio na Avenida Mao Tse Tung

Três agentes da Polícia de Investigação Criminal (PIC) tentaram deter um cidadão suspeito de estar envolvido no tráfico de drogas na Avenida Mao Tse Tung, em Maputo. Um deles foi alvejado gravemente a tiro. Consta que o grupo pretendia raptar ou extorquir dinheiro da vítima que, por suposta legítima defesa, disparou deliberadamente contra um dos polícias e pôs-se ao fresco.

Há muitas versões sobre este acontecimento, sendo difícil acreditar nelas, principalmente porque a nossa Polícia tem tido uma conduta duvidosa em relação a assuntos que envolvem criminosos. Diz-se que os três agentes da Lei e Ordem estavam em serviço, à paisana, e se faziam transportar numa viatura particular com vidros fumados, o que é proibido no país.

O indivíduo que atirou contra o agente da PIC recolheu às celas do Comando da PRM na cidade de Maputo, mas outras informações dão conta de que na altura em que a Polícia chegou ao local, o visado já estava a monte, não se sabendo em que circunstâncias teria sido neutralizado. Em que versão devemos acreditar?

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