Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:
Governador do Banco de Moçambique
O Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, é uma daquelas figuras que deveria pedir a sua demissão por tamanha demonstração de incompetência. Porém, o Xiconhoca, embutido pela megalomania, sobretudo com a construção do novo edifício, anda metido a um bom gestor. Após ter usado sem sucesso, Gove voltou a aplicar a mesma fórmula, aumentando as taxas directoras, para supostamente reduzir o impacto da desvalorização do metical face às principais moedas de transacção. É a segunda vez em menos de um ano que se toma tal decisão insana. Xiconhoca!
Kenmare
A Kenmare, empresa de capitais irlandeses que está a explorar areias pesadas em Topuito, distrito de Larde, na província de Nampula, é Xiconhoca por excelência. Aquela empresa, ao invés de se preocupar com o desenvolvimento do país, anda apenas preocupada com lucros. Durante muito tempo, a multinacional andou num silêncio ensurdecidor amealhando milhões de lucros para os seus accionistas, muito desse dinheiro conseguido através da isenção fiscal de que goza aquela empresa. Presentemente, visto que as coisas andam para o pior no mercado internacional, a firma vem inescrupulosamente ao público queixar-se da baixa de preços das matérias-primas. Quanta falta de vergonha!
Agentes do Estado que avalizaram dívidas
O desenvolvimento de Moçambique continua a ser postergado devido a uma corja de aves de rapina que se encontram penduradas nalguns poleiros do Estado, e vão sobrevivendo à custa do suor de milhões de moçambicanos. A título de exemplo, é o caso das dívidas ilegalmente do Estado moçambicano, em que alguns agentes do Estado avalizaram de forma ilegal e secreta as dívidas com taxas pagas em adiantado. Ou seja, foram milhões de dólares em comissões, lesando, assim, uma nação toda. Este bando de Xiconhocas deve ser responsabilizado pelo tamanho rombo que provocou as contas do país.