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Xiconhocas da semana: Filipe Nyusi; Gestores da EMATUM; EDM

Xiconhocas da semana: Lizha James; Atanásio M’Tumuke; Standard Bank

Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:

Filipe Nyusi

O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, que manda m-bips/please call me para Afonso Dhlakama para depois dizer que não consegue falar com ele, foi a Angola dizer que está seduzido com o exemplo daquele país – onde reina a ditadura e impera a violação dos direitos fundamentais do homem – relativamente ao desarmamento de movimentos de guerrilha que mais tarde se converteram em facções políticas e com a coexistência pacífica nos dias que correm. Como corolário desse encanto, Nyusi admitiu a possibilidade de recorrer à fórmula angolana para garantir o que em 23 anos não se consegue em Moçambique, a paz. Depois de sucessivos episódios, tais como os atentados contra a pessoa de Afonso Dhlakama, do anúncio de recolha compulsiva das armas em poder dos guerrilheiros da Renamo, as declarações de Presidente moçambicano reavivam a forma como Jonas Savimbi, fundador e líder da UNITA (o principal partido da oposição angolana), morreu em Fevereiro de 2002. Das palavras de Nyusi pode-se tirar várias ilações, entre elas: Há a ideia de que Dhlakama devia ter o mesmo fim que o de Savimbi. O resto são analogias por força de interpretação e fertilidades da mente humana.

Gestores da EMATUM

Os gestores da Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) valem mesmo o que são e a pequenez das suas ideais, que os levaram a constituir uma firma bastante dispendiosa como a que gerem. Para o desagrado o desagrado dos patrões de Filipe Nyusi, eles recusaram fornecer informações detalhadas ao MDM sobre o Boletim da República da constituição da empresa, contrato de sociedade, estudo de viabilidade técnico-financeira, despacho do Conselho de Ministros para a formação da companhia e o pedido de empréstimo fora do país. Por conseguinte, os xicos violaram a Lei do Direito à Informação e o Governo, que ainda esteve no Parlamente mas nada disse sobre esta vergonha, mantém-se calado, deixando um claro sinal de que apadrinha esta tolice e paixão pelo endividamento desnecessário. Os administradores da EMATUM podem fechar-se em copas e fugir com o rabo à seringa quantas vezes quiserem, mas nós o povo estaremos aqui para ver os fabulosos lucros que eles esperaram gerar. Nessa altura, que não venham falar de erros de percurso porque avisos não faltaram. A vossa arrogância será o vosso vexame!

EDM

A Empresa Electricidade de Moçambique (EDM) voltou a abusar, descaradamente, do facto de deter o monopólio de fornecer os serviços a que se destina. Agravou, sem avisar a ninguém, a taxa de energia com efeitos desde de 01 de Novembro corrente. E os desavergonhados escolheram um fim-de-semana, em que estamos todos embriagados com o lazer, para aumentar o preço de energia. Mas isto não devia ser estranho para ninguém num país onde os serviços como estes são indubitavelmente de péssima qualidade e são fornecidos com constantes restrições, mas o Governo mantém-se mudo e surdo em relação os gritos de socorro por parte dos clientes. Agravar, à socapa, a taxa de qualquer que seja o serviço público é repugnante e revela baixeza por parte de quem pratica esse acto. Os senhores da EDM, sobretudo o Governo, deviam ter respeito; porém, duvidamos de que ainda estejam em altura de agir com decorro das próximas vezes, porque por aquilo que ficou claro, eles não aprenderam, quando crianças, a ser éticos. Se pretendem, com esta medida draconiana, recuperar o dinheiro que perdem vendendo energia à África do Sul, por exemplo, a preço de banana, que saibam que a vossa pretensão irá cair em saco roto. Já basta o aumento feito no pão!

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