Os leitores do @Verdade nomearam esta semana os seguintes Xiconhocas:
1. Narciso Pedro
O presidente do município de Maxixe, Narciso Pedro, foi eleito Xiconhoca pelos nossos leitores naquele pedaço da província de Inhambane. A razão, defendem os leitores, é simples: o edil é acusado de ter desviado um milhão e trezentos e vinte mil meticais dos cofres do Estado. O caso já deu entrada no Gabinete Central de Combate à Corrupção.
A estreia de Narciso Pedro não podia ser melhor. Se há acto que caracteriza um Xiconhoca é a corrupção. Usurpar dinheiro público é um acto que desprestigia o edil entre os cidadão honestos, mas digno de respeito no reino de abutres onde os Xiconhocas respiram.
2. Gustavo Mavie
Gustavo Mavie, director da Agência de Informação de Moçambique, entra na lista de Xiconhocas pela segunda vez. É obra. Melhor: é preciso viver realmente de esquemas congeminados no esgoto da sacanice para ser eleito duas vezes. Uma auditoria financeira realizada pelo Tribunal Administrativo confirmou aquilo que os subordinados de Mavie denunciaram na Imprensa independente.
Houve desvio de aplicação de cerca de um milhão de meticais. Há, também, registos de saída de divisas na ordem dos 250 mil randes do país. Sem contar com as graves discrepâncias entre os valores reflectidos no livro de controlo orçamental e os extraídos nos balancetes. Existe demonstração mais clara de como age um Xiconhoca?
3. Comandante da Polícia do município de Chókwè
Parece mentira. O comandante da polícia de Chókwè abandonou a cidade quando a população mais precisava da sua intervenção. É correcto que as águas não olham para o fardamento, mas também é verdade que ao comandante daquela parcela do país cabia estar na linha da frente.
A sua atitude, ao deixar a cidade sem protecção, além de confirmar a actuação de um Xiconhoca, revela uma ratice rasteira. Os ratos são os primeiros a abandonar o barco quando tudo dá para o torto. O Xiconhoca, também, foi o primeiro a deixar Chókwè nas costas quando se impunha a acção enérgica da polícia.