Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:
1. Arão Nhancale
Arão Nhancale teve inúmeras oportunidades para ser prestativo aos matolenses, mas, como bom Xiconhoca que é, preferiu fazer de contas de que a Matola não só estava ser bem gerida, como era o exemplo a seguir neste rochedo à beira-mar. Às reivindicações dos pobres matolenses, Nhancale respondia com o seu sorriso cínico e de servidor público preocupado com a causa de todos.
Estranhamente, renuncia a menos de seis meses de terminar o seu mandato. Um autêntico absurdo que prova que o ex-edil da Matola, depois de ser nocivo aos matolenses, sucumbiu à vontade do seu partido que, diga-se, agiu desse modo Xiconhoca por temer os resultados das urnas nas eleições que se avizinham.
2. Domingos Tivane
Segundo correspondência diplomática secreta norte-americana divulgada pelo Wikileaks, Domingos Tivane era considerado o rei da corrupção em Moçambique, dada a alegada facilidade com que os funcionários dos portos e das Alfândegas eram corrompidos. Ser rei da corrupção é o mesmo que dizer rei dos Xiconhocas. Tivane, um servidor público, construiu um império invejável.
Desconhecemos a proveniência do dinheiro que levantou o ISTEG e umas tantas casas luxuosas no Belo Horizonte. Os nossos leitores que o elegeram como Xiconhoca dizem que tudo veio de fora e não há registo de pagamentos de direitos. O bom do Tivane diz que está à disposição do seu partido. Ou seja, pretende continuar a servir o seu partido.
3. Jorge Khalau
Cada indivíduo que a Força de Intervenção Rápida detém, espanca, tortura ou marginaliza é mais um ponto para o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique no ranking dos Xiconhocas.
Khalau somou mais pontos com a detenção de três oleiros em Moatize. Os agentes da FIR só cumprem ordens e essas vêm de quem manda. Se quem manda é Khalau, é justo que o galardão de Xiconhoca, como dizem os nossos leitores, seja levantado por ele. Nada mais justo.