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X Jogos Africanos: Adeus!

X Jogos Africanos: Adeus!

Na hora de dizer adeus aos X Jogos Africanos – Maputo 20011 nem tudo foi brilhante. Apesar de carregada de algum simbolismo, a cerimónia de encerramento não trouxe nada de novo. Os mesmos discursos de sempre, um espectáculo sem emoção e um público apático são os aspectos que caracterizaram o momento.

Terminou, no passado dia 18 a X edição dos Jogos Africanos. Para quem teve a oportunidade de testemunhar as cerimónias de abertura e encerramento, certamente o (grande) desafi o não foi ter de escolher qual das duas foi a festa menos entusiasmante. Diga-se, um evento grandioso, como é o caso do considerado “Jogos Olímpicos de África”, esperava-se um fecho apoteótico. Porém, o que se viu no último domingo foi apenas mais um espectáculo.

À semelhança da cerimónia de abertura, a de encerramento foi realizada no Estádio Nacional de Zimpeto. Milhares de pessoas acorreram ao local para testemunhar a festa, até porque a entrada era livre, mas ainda assim era possível ver algumas clareiras nas bancadas.

O evento iniciou com um espectáculo musical, diga-se, sem emoção alguma. Os músicos esmeram-se a dar o melhor de si para fascinar o público. Porém, os espectadores mostravam-se muito tímidos, e a sua presença no estádio foi quase inexistente. Recatada e monótona, são as únicas palavras que descreviam a plateia de Zimpeto.

Na primeira parte da festa, subiram ao palco músicos como Marlen, Kaliza, MC Roger, Anita Macuácua e Otis. Musicalmente, os artistas não apresentaram nada de novo, senão os mesmos êxitos de sempre, tendo arrancado poucos aplausos dos espectadores. A qualidade de som não era das melhores, o que dificultou a percepção da música. Apraz-nos registar que, em alguns momentos, o público aplaudiu efusivamente.

Depois, assistiu-se à marcha em bloco das delegações, um momento marcado pela indiferença do público em relação às estrelas (atletas) dos jogos. Seguiram-se os desfiles das bandeiras dos países participantes do evento e dos jovens voluntários.

Posteriormente, foi a passagem do testemunho. O ministro da Juventude e Desportos, Pedrito Caetano, procedeu à entrega da bandeira ao seu homólogo da República do Congo Brazzaville, país que irá acolher o evento, em 2015.

Seguiu-se o discurso, em francês (sem tradução, para milhares de moçambicanos no estádio), do presidente do Conselho Superior do Desporto em África (SCSA) que enalteceu a organização dos jogos decorridos em Maputo.

O Presidente da República, Armando Guebuza, procedeu ao encerramento. Num discurso de menos de cinco minutos, Guebuza louvou o espírito desportivo dos atletas. Seguiu-se o momento cultural.

Diversos grupos de bailado e dança tradicional fizeram-se ao palco, mostrando a diversidade cultural de que África, particularmente Moçambique, dispõe. O ponto mais alto foi a queima de fogos-de-artifício. O público aplaudiu efusivamente a exuberância do espectáculo.

Na segunda parte, para terminar a festa, foi anunciada a actuação de artistas como Zico, H2O, Doppaz e Danny OG. Porém, o espectáculo revelou-se um fracasso, pois o público já não estava disposto a permanecer no interior do estádio.

Em pouco mais de 10 minutos, o recinto ficou vazio e os músicos acabaram por não se apresentarem, dando assim por encerrada a c erimónia.

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