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WikiLeaks: Presidente moçambicano Guebuza e Joaquim Chissano cúmplices com o narcotráfico

WikiLeaks: Presidente moçambicano Guebuza e Joaquim Chissano cúmplices com o narcotráfico

O narcotráfico tem uma base segura em Moçambique, rota da cocaína que chega do Brasil, do haxixe do Paquistão e da heroína produzida no Afeganistão, afirmam diplomatas americanos em correspondência divulgada pelo site WikiLeaks e publicada esta quarta-feira pelo jornal francês Le Monde.

Depois da Guiné Bissau, Moçambique tornou-se “a segunda praça africana mais ativa no trânsito de narcóticos”, disse em 2009 o encarregado de negócios da embaixada americana em Maputo. Moçambique “não é um completo narco-Estado corrupto, mas segue em uma direção inquietante”, destaca o diplomata.

Segundo o funcionário americano, a cocaína chega “por avião a Maputo procedente do Brasil”, e o haxixe e a heroína vêm por via marítima de “Paquistão e Afeganistão”. As drogas alimentam o mercado sul-africano ou seguem para a Europa.

O narcotráfico é baseado em duas grandes redes, lideradas pelos moçambicanos de origem asiática Mohamed Bachir Suleiman (“MBS”) e Ghulam Rassul Moti, cujas atividades seriam impossíveis sem a cumplicidade do Estado. “MBS tem laços diretos com o presidente Armando Guebuza e com o ex-presidente Joaquim Chissano”, revela um telegrama diplomático de 28 de setembro de 2009 divulgado pelo WikiLeaks.

“Suleiman contribuiu em grande parte para financiar a Frelimo (partido do governo) e ajudou significativamente nas campanhas eleitorais” de Guebuza e Chissano.

O diplomata americano explica que “a administração do porto de Nacala, célebre por permitir a passagem de droga procedente do sudeste asiático, foi entregue recentemente a Celso Correira, presidente executivo da Insitec, uma empresa de fachada de Armando Guebuza”.

Os telegramas originais podem ser lidos neste endereço http://213.251.145.96/origin/45_0.html

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