O voo inaugural da companhia Iraqi Airways no domingo para Londres, pela primeira vez em 20 anos, transformou-se num verdadeiro pesadelo com uma tentativa de confisco do avião e a apreensão do passaporte do diretor-geral da empresa aérea.
Todo o problema foi motivado por uma questão financeira – que data da invasão do Kuwait por Sadam Hussein em 1990 – com a companhia Kuwaiti Airways (KAC). A KAC reclama 1,2 bilhão de dólares ao Iraque por ter se apoderado de 10 aeronaves comerciais do emirado e ter saqueado o aeroporto local.
“Na sua chegada a Gatwick, no último dia 25, um advogado da KAC tentou confiscar o avião, mas não pôde fazê-lo pois o aparelho pertence a uma companhia sueca”, explicou nesta quinta-feira, num comunicado, o porta-voz do ministério iraquiano dos Transportes, Akil Kawthar.
“O advogado iniciou então um procedimento contra a empresa britânica que alugou o avião por conta da Iraqi Airways e obteve também a apreensão das autoridades britânicas do passaporte e dos documentos pertencentes ao diretor-geral da companhia iraquiana”, acrescentou.
O ministro dos Transportes, Amer Abdel Jabbar Ismaïl, e o diretor-geral da Iraqi Airways, Kifah Hassan, estavam no voo inaugural. Em novembro de 2008, o Iraque anunciou estar disposto a pagar 300 milhões de dólares a Kuwait Airways para pôr fim à questão.