O volume de investimento directo privado cresceu em cerca de 393,3 milhões de dólares norteamericanos, entre 2008 e 2011, nos distritos da província de Tete, onde estão implantados os megaprojectos, como reflexo do efeito atractivo que trazem para a zona e para o país.
O referido investimento passou de 31,1 milhões de dólares, em 2008, para 424,4 milhões de dólares norte-americanos, em 2011, segundo Aiuba Cuereneia, ministro de Planificação e Desenvolvimento, explicando que este volume exclui o aplicado em megaprojectos.
Cuereneia explicou que em Tete já estão em actividade intensa acções de reabilitação e construção de infra-estruturas, incluindo a quarta ponte sobre o rio Zambeze, estabelecimentos comerciais, hoteleiros e duas fábricas de processamento do milho na cidade de Tete e no distrito de Angónia “que estão a contribuir para o desenvolvimento da cidade e província de Tete”.
Aquele governante vincou a seguir que, mercê dos investimentos registados no país para megaprojectos, nos últimos 10 anos, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 7%, em média, o peso das exportações no PIB ultrapassou os 25% nos últimos oito anos, contra os 240 milhões de dólares atingidos em 1998 nas exportações.
Em 2011, Moçambique exportou o correspondente a cerca de 2687 milhões de dólares, devendo em 2012 o seu volume vir a fixar-se nos cerca de 3,020 milhões de dólares norte-americanos.
“Os megaprojectos são intensivos em capital. A mão-de-obra empregue no momento da exportação é reduzida, daí que para o nosso país resolver o problema do emprego deve continuar a apostar na agricultura”, reconheceu.
Entretanto, ele lamentou o facto de ser apenas um projecto, o de carvão, que já está na fase de exploração, isto porque “os recursos minerais ainda estão no subsolo e ainda estamos na fase de investimento. Para criar riqueza devemos investir para explorar, transformar e exportar”, elucidou o ministro de Planificação e Desenvolvimento, em alusão ao impacto e perspectivas dos megaprojectos na economia moçambicana.