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Volkswagen perto de comprar a Porsche

Após anos de brigas industriais e familiares, o número um europeu do automóvel, o alemão Volkswagen, parece esta quinta-feira perto de comprar a compatriota construtora de carros de luxo, Porsche.

Esta integração programada, com o apoio do Emirado do Qatar, provocou a saída do presidente da Porsche, o carismático Wendelin Wiedeking, que era tido como o presidente mais bem pago da Alemanha. O conselho de vigilância da Porsche acabou concordando com a fusão ao final de uma reunião iniciada quarta-feira e concluída somente hoje.

A sua filial Volkswagen (VW), da qual detém 51%, a seguiu horas depois. “Abrimos caminho hoje para a criação de um grupo integrado”, comentou Martin Winterkorn, presidente da VW ao final do encontro organizado em Stuttgart (sudoeste). Ele era favorito para dirigir o que pode ser o segundo construtor automobilístico mundial atrás do japonês Toyota, após a quebra do americano General Motors, de dimensão ainda desconhecida.

O projeto das duas empresas prevê também integrar completamente a Porsche dentro da VW, e reforçar sua estrutura financeira para lhe garantir um mínimo de independência. Na prática, a VW vai comprar progressivamente as atividades automobilísticas da Porsche, que se tornará a 10ª marca do grupo, ao lado de Audi, Seat, Skoda, Scania ou ainda Lamborghini. As estruturas jurídicas Porsche SE e VW AG vão também se fundir.

Neste contexto, o Qatar vai assumir uma participação de quase 17% na VW, afirmou Winterkorn. O emirado do Golfo deve também aumentar seu capital na Porsche, cujo conselho de vigilância deu sinal verde a um aumento de capital de pelo menos 5 bilhões de euros. Estas últimas medidas devem permitir que a Porsche não seja totalmente engolida por sua filial. “Ela pode ainda negociar de igual para igual com a Volkswagen” para a fusão, afirmou, com lágrimas nos olhos, o presidente do conselho de vigilância Wolfgang Porsche a seus 5.000 assalariados.

Apesar de tudo, o novo projeto, dos quais os detalhes devem ser apresentados em um conselho de vigilância em 1 de agosto, segundo a VW, consagra o fracasso da estratégia de direção da Porsche. O presidente Wendelin Wiedeking e seu diretor financeiro, Holger Härter pediram demissão em troca de indenizações de saída de respectivamente 50 e 12,5 milhões de euros.

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