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Violência persiste na Síria antes da chegada de monitores da ONU

Forças do governo sírio bombardearam neste domingo a cidade de Homs, segundo um ativista pró-direitos humanos e integrantes da oposição que residem na área. A investida ocorre em um momento em que um grupo preliminar de observadores da ONU, integrado por seis pessoas, é esperado na Síria para monitorar um cessar-fogo que deveria ter começado quatro dias atrás.

O secretário britânico de Relações Exteriores, William Hague, afirmou ser insuficiente o total de 30 observadores não-armados autorizados no sábado a entrar na Síria por voto unanime do Conselho de Segurança da ONU, e defendeu que o grupo seja “reforçado”.

“Esse número de pessoas não pode efetivamente monitorar o que está a acontecer em todo o país”, disse em entrevista à Sky News, acrescentando que 30 monitores poderiam, contudo, visitar rapidamente áreas de onde chegam relatos de rompimento do cessar-fogo.

“O plano será para um (grupo) muito maior, mais na casa das centenas de monitores para verificar se o plano (de cessar-fogo) está sendo implementado por todas as partes envolvidas”, completou.

Mas quatro dias depois que o cessar-fogo deveria ter entrado em vigor, a violência persiste. “No começo desta manhã, nós vimos um helicóptero e um avião de reconhecimento sobrevoar a área. Dez minutos depois, houve bombardeio pesado”, disse o ativista Walid al-Fares, morador do bairro de Khalidiya, em Homs.

Vídeos gravados por ativistas, indicados como sendo de Khalidiya, mostram uma explosão logo depois do barulho de um míssil cruzando o ar. Outro estrondo segue-se, e o operador de camera, posicionado num edifício nas imediações, filma uma bola de fogo e fumaça emergindo.

Rami Abdelrahman, diretor do grupo Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, afirmou que estão sendo lançadas bombas com um intervalo de um minuto, e que houve confrontos durante a noite na área rural da cidade de Aleppo. “As pessoas disseram ter ouvido explosões e tiroteio depois que rebeldes atacaram uma delegacia e entraram em confronto com a polícia”, disse ele.

Bashar Assad

A Síria atribui a violência a “terroristas” que tentam destituir o presidente Bashar al-Assad. O governo vem negando repetidamente o acesso de jornalistas estrangeiros ao país, tornando impossível a verificação independente dos fatos. Embora a violência tenha prosseguido após a entrada em vigor do cessar-fogo, houve uma queda significativa no número de mortes por dia em confrontos, o qual frequentemente superava mais de cem pessoas por dia.

No sábado, 14 pessoas foram mortas.

Abdelrahman disse que a agência estatal síria de notícias Sana afirmou que “terroristas armados” haviam matado cinco pessoas em emboscadas em diferentes partes do país.

A votação da ONU, no sábado, foi a primeira vez que o Conselho de Segurança, formado por 15 países, aprovou por unanimidade uma resolução sobre a Síria desde o início do levante no país, em Março de 2011.

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